Após Sessão da Saudade, a ser realizada nesta quinta-feira (13), em homenagem ao acadêmico Cacá Diegues, a Academia Brasileira de Letras (ABL) vai declarar aberta a vaga para a Cadeira 7, ocupada pelo cineasta alagoano, falecido em fevereiro. Os candidatos têm até 27 de março para se inscreverem. A cerimônia contará com a presença de imortais da instituição e com parentes do diretor de cinema.
A perspectiva é de que a vaga seja novamente preenchida por mais um cineasta. Antes de Diegues, o lugar foi ocupado por Nelson Pereira dos Santos. A ABL, no entanto, disse que pode ser por qualquer pessoa que tenha publicado obra literária de relevância, independente da profissão. A eleição está marcada para quarta-feira (30 de abril), às 16h, em virtude do feriado do dia 1º de maio.
De acordo com o jornal O Globo, estão cotados para ocupar a Cadeira 7 a médica Margareth Dalcolmo, o produtor e escritor Nelson Motta, a jornalista Miriam Leitão, o músico e ensaísta José Miguel Wisnik, o compositor Caetano Veloso e o jornalista e escritor Tom Farias. As inscrições são feitas por meio de carta endereçada à ABL. Não haveria favoritos até o momento.
Diegues foi o décimo ocupante da Cadeira 7. Eleito em agosto de 2018, foi recebido pelo acadêmico Geraldo Carneiro, em abril de 2019. Em seu discurso de posse, disse que “a cadeira 7, como qualquer outra da Academia, não é propriedade de nenhuma atividade. Não é porque foi ocupada por um dos maiores cineastas de nossa história, que ela passa a ser um privilégio do cinema brasileiro”.
Nascido em Maceió em de maio de 1940, Cacá Diegues se mudou para o Rio de Janeiro aos seis anos de idade, cidade onde viveu e morreu aos 84 anos, devido a complicações cirúrgicas. Ele dirigiu mais de 20 longas-metragens, incluindo clássicos como “Ganga Zumba” (1964), “Xica da Silva” (1976), “Bye bye Brasil” (1980) e “Tieta do Agreste” (1995). O cineasta foi um dos fundadores do Cinema Novo, junto a Glauber Rocha, Leon Hirszman, Paulo César Saraceni e Joaquim Pedro de Andrade.