Alagoas está representada no cenário nacional da poesia, com o trabalho em cordel “Um sonho verdadeiro: vamos salvar o mundo inteiro!”. A cordelista e professora, Priscylla Crys Dias da Silva, conhecida como Piu, é uma das 10 finalistas do “Concurso Tâmaras – Poesias para adiar o fim do mundo”, do Polo Cultural Educação e Arte. A segunda fase da seleção está com votação aberta no canal da entidade, no YouTube, até 23h59, de domingo (1º de dezembro). Além da alagoana, natural de Maceió, apenas outro selecionado representa a região Nordeste na edição de 2024. O resultado final sairá na quarta-feira (4 de dezembro).
O lançamento no YouTube das poesias selecionadas começou na sexta-feira (22). Os três vídeos com maior engajamento na plataforma serão os vencedores da premiação. Para votar, o público deve clicar no vídeo escolhido. A cada cinco visualizações, o trabalho ganha um ponto. O material também recebe dois pontos a cada curtida do público. Ao final, são computados todos cliques e curtidas para chegar ao resultado obtido pelos finalistas e definir os três poetas contemplados, com reconhecimento e prêmio em dinheiro.
A cordelista
A trajetória de Priscylla Crys no cordel começou na infância, mas a poeta só se iniciou na escrita do gênero literário durante a graduação em Pedagogia. Há dez anos ela produz material em literatura de cordel. “Minha avó lia histórias rimadas e explicava lendas folclóricas. Apesar de apaixonada, só comecei a escrever anos depois, já na UFAL, cursando Pedagogia. Uma professora me inspirou a acreditar que eu também podia ser cordelista. Em 2019, busquei a Academia Alagoana de Literatura de Cordel, onde aprendi novas técnicas e a valorizar e preservar essa rica cultura”, explicou a cordelista.
Professora de ensino fundamental, Piu usa os poemas para encantar e educar os alunos. A autora acredita que a premiação é uma forma de engrandecer o cordel alagoano. “Levo histórias e valores às crianças. Escrevo sobre amor, natureza, valores humanos, política, faço homenagens a amigos, personalidades e também transformo textos acadêmicos em poesia. Participar do concurso Tâmaras é uma honra, pois é mais uma forma de levar o cordel alagoano ao reconhecimento que ele merece”, concluiu.