A sede original da Academia Alagoana de Letras (AAL) passa por reforma estrutural no Centro de Maceió. O prédio histórico, do século XIX, situado na emblemática praça Deodoro, abrigou a instituição desde a década de 1970. A nova etapa de obras, iniciada há três semanas, incluiu a recuperação de partes internas e externas do casarão. Os serviços devem se encerrar ainda em outubro. A Academia Alagoana de Letras comemora 104 anos na quarta-feira (1º).
Desde os anos 2000, a AAL funciona na Casa Jorge de Lima, na praça Sinimbu. O prédio da Deodoro passou a ser palco de eventos sociais da instituição. A partir de 2010, sem os serviços de manutenção, o prédio teve de ser fechado. Há cerca de dois anos, reformas vêm sendo feitas no local. A previsão é de que, em novembro, volte a receber os acadêmicos alagoanos para festas e reuniões.
Nas diferentes etapas de reforma feitas no prédio, já foi recuperado e impermeabilizado o telhado, construídos banheiros masculino e feminino, edificada a rampa, com guarda-corpo e plataforma de acessibilidade em aço inoxidável, recuperadas todas as janelas, pintada a parte interna nas cores originais, reformadas 36 poltronas, reconstruídas partes do muro, com pintura em todo ele. Rostand Lanverly explicou as reformas, que foram executadas sob sua gestão à frente da presidência da AAL.
“Há dois anos, conseguimos uma verba, recuperamos todo o telhado, construímos dois banheiros. Só que faltavam ainda muitas coisas. Conseguimos nova verba, e está sendo concluída essa etapa. Toda a estrutura física está praticamente pronta, mas carece ainda de um cuidado maior, de revisão da parte elétrica, de aquisição do ar-condicionado, com potência elevada para atender esse ambiente belíssimo. Em breve, a literatura vai prevalecer, e a sede original da Casa das Casas da cultura alagoana estará novamente aberta ao público e entregue aos alagoanos”, explicou o presidente da instituição.
Fundada em 1919, a Academia Alagoana de Letras funcionou, inicialmente, nas dependências do Teatro de Deodoro. Ao longo do século XX, sua sede foi estabelecida no Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas. Em 1970, o governador Lamenha Filho desapropriou o prédio, onde funcionava a Escola Dom Pedro II, e doou à instituição. O prédio histórico, construído no século XIX, com a ajuda do povo alagoano e de figuras como Marechal Deodoro da Fonseca, Barão de Penedo e Barão de Sinimbu, foi a primeira instituição de ensino estadual de Alagoas, a Escola Modelo, nomeada Dom Pedro II a partir da década de 1920.
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