Nasce em Maceió uma casa de cultura com a simplicidade e simpatia da nossa gente e a grandeza dos frutos gerados nesta terra. No coração do bairro Jaraguá, na rua Sá e Albuquerque, em frente à Associação Comercial, o Theatro Homerinho abre suas portas no dia 1º de fevereiro, a partir das 17h, com celebração pública, que reunirá uma gama de artistas alagoanos, numa programação com apresentações artísticas e shows. A rua será fechada, com a presença da DMTT, da Polícia Militar, dos Bombeiros, de seguranças e terá banheiros químicos nas proximidades.
Haverá uma rápida inauguração, em um primeiro momento que antecede o evento, só para convidados, na parte interna da casa, por cerca de 40 minutos. Serão abertas oficialmente as cortinas do palco, onde a homenageada, a pianista Selma Britto, tocará, acompanhada por Irina Costa e Elvira Rebelo. Logo após, será feita a foto oficial da inauguração, com o homenageado especial, Homero Cavalcanti, que dá nome ao teatro, e Selma Britto, que empresta seu nome ao palco, juntos com a toda a equipe do Theatro Homerinho. A abertura será compartilhada em um telão, exibido para o público, que aguarda a festa na principal rua do bucólico bairro do Jaraguá.
As comemorações terão início com concentração na praça Dois Leões, animada ao som da Fanfarra Robério Marcus, que segue a pé até a porta do Homerinho. Em um tablado montado defronte ao teatro, o público contará com apresentações de Telma Cezar, Flora Uchôa e Sururu Circo, os DJs Siq e Fernanda Fassanaro, Llari Gleiss, Wilma Araújo, Cris Braun, Lara Melo, Júnior Almeida, Corte do Bolo, Kel Monalisa e Gabe Freitas, Zezilda (Marquinhos de Jesus), Otávio Cabral, Igbonan Rocha, Tambores do Jaraguá (com Marcos Topete), Zé Márcio Passos, Rock Maracatu (com Fernanda Guimarães e participações de Myrna Araújo e Wado), Cantantes do Gajuru, Fagner Dübrown, Rogério Dias e Marvin Silva.
Theatro Homerinho
Tudo começou em 2013, quando a ideia do teatro foi concebida. Mas apenas em 2019, o projeto tomou forma, com o aluguel do prédio. A partir daí, foram seis anos de história, de desafios e conquistas, com o apoio de pessoas, parceiros e patrocinadores que acreditaram no sonho, em um sonho que iniciou no coração da atriz e diretora do teatro, Ivana Iza, em parceria do professor e escritor Tainan Costa Canário, fundadores do Theatro Homerinho.
“Eu sou uma realizadora. Desde sempre sonhei e fiz de tudo para concretizar. Desistir nunca foi uma opção. O que vemos aqui é o resultado de anos de dedicação e um desejo coletivo que se tornou realidade”, disse a atriz, ressaltando parceiros imprescindíveis. “Equipe de arquitetos que acompanhou todo projeto, Thays Gabrielle, Henrique Gomes e Ariane Pita. O Ricardo Costa, que é irmão do Tainan; Daniel Baboo e o cenotécnico Ronaldo Vieira, enfim, entre outras tantas pessoas especiais que estiveram conosco nessa jornada”, exaltou Iza.
Um pouco mais de R$ 1,3 mi foi investido, mediante fontes próprias a princípio. Depois foi assinado um convênio com o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), e um edital da Lei Paulo Gustavo, na intenção de tornar o Homerinho numa sala de cinema. Para um público máximo de 130 pessoas sentadas, com as cadeiras, e 200 pessoas sem as cadeiras, tem palco, arquibancada, cortinas, refletores, caixas de som, dois camarins e um café na entrada do teatro, aberto diariamente para o público.
Além dos artistas, o Homerinho quer atrair a comunidade do bairro do Jaraguá, com cursos e capacitações, além de estar aberto para todas as vertentes, oficinas, palestras, cursos, escolas, sempre voltados para produções alagoanas. O site será lançado também no dia 1º de fevereiro.
Dos homenageados
Desde que se pensou em um espaço teatral, os fundadores se inspiraram na figura emblemática de Homero Cavalcanti, conhecido como Homerinho, um dos grandes nomes da cultura alagoana. “A sua vocação para o teatro, a beleza do seu olhar para as artes cênicas, o quanto ele é honrado neste e em todos os sentidos. Homero é a essência do teatro. Sua vocação e olhar para as artes cênicas sempre foram inspiradores. Ele nos motivou a homenageá-lo dando seu nome ao espaço”, destacou Ivana.
Além de Homerinho, outra personalidade cultural também será homenageada. “O palco leva o nome de Dona Selma Britto, nossa pianista e dama da música erudita. Este teatro é também uma homenagem àqueles que ajudaram a construir a história cultural de Alagoas”, explicou a fundadora.
Sobre a idealizadora e co-fundadora
Ivana Iza Lima Costa Wanderley de Carvalho – Atriz, diretora, dramaturga, documentarista e produtora de teatro e cinema. Formada em Filosofia pela Universidade Federal de Alagoas (2006/UFAL); foi aluna do Curso Técnico de Formação do Ator (2000/UFAL), Mestranda em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia – UFBA – 2022/2023. Atua como atriz desde 1995, Assina direção de arte de shows de artistas alagoanos como: Grupo ChamaLuz; músico Júnior Almeida e cantora Llari Gleise; Trabalhou como produtora/coordenadora do Espaço Cultural Sebrae – AL – 2003. Participou de mais de 20 montagens teatrais, dentre as quais: “Senhorita Julia” de August Strindberg; “Dois Perdidos Numa Noite Suja”, de Plínio Marcos; “Fulaninha e D. Coisa”, de Noemi Marinho; “A Farinhada”, de Luís Sávio de Almeida (espetáculo ganhador de mais de 22 prêmios nacionais); “Baldroca”- inspirado em um conto de Guimarães Rosa, ganhador do Prêmio Funarte Myriam Muniz 2004; dirigiu circulação 2010, BNB circulação 2012. Espetáculo “Versos de Um Lambe Sola”, também contemplado com o prêmio Funarte Myriam Muniz 2007 e ainda pelo prêmio do BNB Cultural de 2009 para circulação; contemplada com prêmio Funarte Myriam Muniz 2010, com o espetáculo “Devassas”, dentre outros; atuou no filme “Deus é Brasileiro” dirigido pelo cineasta Cacá Diegues, interpretando a personagem Estela (personagem criado especialmente para a atriz); atuou no curta metragem “O que lembro, tenho” do cineasta alagoano Rafhael Barbosa no ano 2012(este filme foi vencedor de diversos prêmios, entre eles: Mostra Sururu de cinema Alagoano; contemplado com o prêmio de melhor curta-metragem e melhor atriz e júri popular no 24 Festival Internacional de Curtas Metragens de São Paulo / 2013, conquistando mais de 26 prêmios nacionais entre 2013 / 2014; Foi aluna do Curso GLOBE – SP Teatro, Tv e Cinema- 2013/2014.; atuou no curta-metragem “Cirandinha” baseado na obra da escritora alagoana Arriete Vilela, dirigido pelo cineasta Pedro da Rocha; atuou no longa metragem “Serial Kelly” do cineasta René Guerra; Longa-metragem “Sem coração“ dos diretores Nara Normande e Tião – 2022 ; “Deus ainda é brasileiro” do Cineasta Cacá Diegues – 2023; Curta-metragem “Fazia frio em dezembro” do cineasta alagoano, Felipe Guimarães, através da produtora La Ursa – 2023. Contemplada pela segunda vez no Prêmio Nacional Myriam Muniz de Teatro 2014/15 e o Prêmio Municipal Edital das Artes Eris Maximiano 2015, para a montagem do espetáculo “A Velha” com direção do diretor Flávio Rabelo e supervisões dos diretores Amir Haddad e Clarice Niskier. Contemplada com o Edital do Audiovisual através da Fundação Municipal de Ação Cultural- FMAC (Prefeitura de Maceió- AL /2019) com o curta-documentário “Maria lavadeira”; Assina juntamente com o diretor de fotografia Thiago Leão, o Documentário “Memórias por um fio” contemplado com Prêmio Elinaldo Barros, através da Secult -AL, com recursos oriundos da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc – 2020 (Governo Federal). Atualmente está construindo, com recursos próprios, o Theatro Homerinho. Mora e trabalha na cidade de Maceió- AL. (Biografia extraída do site Prosas)
Uma resposta
Fico feliz em saber que mais espaços para a arte são abertos em Maceió! Adorei!