Queridos Leitores,
O tempo está voando, daqui a pouco chega Julho e eu me tornarei uma sexagenária! Como assim? Na minha cabeça eu ainda estou beirando os 30! rsrs…
Quando Ricardo nos deixou eu pensei comigo: ‘ele tinha apenas 31 anos de idade e eu estou no bônus… daqui em diante não vou mais hesitar, vou viver!’ E tenho feito isso, até que veio 2020 e meu diagnóstico, então pensei de novo: ‘será que meu bônus acabou?’ Mas eu não quis que acabasse e lutei, e apesar de fisicamente não ser como antes, continuo no bônus e vivendo ainda mais intensamente!
Renato Russo dizia: ‘todos os dias quando acordo, não tenho mais o tempo que passou, mas tenho muito tempo, tenho todo tempo do mundo…’ mas será que temos? O que temos é o agora, e amanhã ao abrir meus olhos, agradecerei e viverei intensamente mais um dia que me foi dado!
E foi pensando nisso que ano passado eu resolvi ir comemorar meu aniversário em Lisboa. Já faziam quase 33 anos que tinha ido lá. Queria celebrar fazendo uma aventura diferente e o mais importante, tinha lugares que eu queria conhecer que não conheci da primeira vez!
E dia 26 de Julho de 2023 fui para Lisboa, toda feliz partindo para uma nova aventura!
Chegando lá tinha marcado um taxi para me levar no hotel e tudo correu como mandava o figurino. Não podia entrar no quarto antes das 15 horas então resolvi deixar minha malinha no hotel e sair, mas marquei bobeira pois ao invés de colocar um short eu saí do jeito que viajei, não pensei que ia estar tão quente. Perguntei informação na recepção do hotel pois queria ir comer num lugar que fosse perto do castelo de São Jorge para depois ir visitá-lo. Eu sabia que era uma subida. Peguei minha câmera fui para o metrô e sai na estação Baixa-Chiado, como a mulher disse, e de cara vi esse restaurante chamado ‘A Brasileira’ e nem pensei duas vezes, fui fazer um lanche e tomar uma gelada. Eu estava me sentindo cansada pois levantei muito cedo.
No restaurante o garçom disse para eu subir até bem perto do castelo de bonde. De lá poderia pegar o ônibus para subir até a entrada ou poderia ir a pé… Desci do bonde e resolvi ir andando mesmo, e foi bem difícil.
Mas cheguei, aos trancos e barrancos. Parando em toda sombra que encontrava. Lembro que em 90, fiz amizade com um cearense no avião e a gente ia pra todo lugar juntos, e nem lembrava como subir para o castelo era difícil, mas fomos conversando e rindo que nem sentimos. Outro fator era que para dois nordestinos o calor de Potugal não chgava nem aos pés do calor do Brasil. Tínhamos 26 anos e toda novidade era encarada com entusiasmo. A gente andava muito pois o albergue fechava às 10 e só reabria umas 7 da noite.
Dessa vez eu não aguentei mais muito calor, o efeito colateral da radioterapia junto com os medicamentos afetam na minha resistência, depois da doença tive que diminuir minha ‘velocidade’.
Em 90 encontramos um parque ao redor do castelo, que estava abandonado. O parque era o jardim do castelo, e tinha uma vista muito bonita da cidade e do Rio Tejo. Dessa vez, o castelo tinha sido restaurado, a entrada era paga e eu pude entrar nele. Os melhoramentos feitos realmente mudaram o lugar para melhor.
Quando vi tudo, subi e desci escadas de pedras lisas que escorregam muito, tudo com receio de cair, pois estava me sentido fraca… enchi minha garrafa d’água e desci a pé até o local da ‘paragem’ do bonde ou ônibus, que me levou de volta à estação, Baixa-Chiado e voltei para minha estação. Como aqui, lá também tem estações com mais de uma saída e como eu não prestei atenção na entrada arrisquei uma qualquer e que foi a mais longe do hotel. E aí começou a saga, quando vi no mapa estava andando para mais longe, vi um parque com um banco na sombra e me sentei, tentei pedir um Uber, mas não aceitavam pois eu estava muito perto do hotel. Duas funcionárias do ‘El Corte Inglês’ uma loja de departamento espanhola enorme, sentaram no mesmo banco que eu, então pedi a elas para me orientarem para chegar no hotel, pois já nem conseguia raciocinar com o mapa… elas foram ótimas e quando me senti melhor fui seguindo meu caminho, com muitas paradas e sentando na entrada das casas que estavam na sombra eu cheguei no hotel, subi pro meu quarto, tomei um banho, os remédios e cai na cama!
Acordei no outro dia feliz por ter sobrevivido! E foi assim o último dia da minha volta 58 em torno do sol!
Deixo vocês com as fotos, o vídeo, a poesia e a minha alegria de poder estar aqui contando sobre essa viagem que foi muito boa, apesar de ter sido desgastante para minha saúde!
Até a Próxima!
Aída
É assim que sou feliz,
Livre,
Dona do meu nariz,
Com tudo que me inspire
Leveza,
Cores,
Beleza
E amores!
É assim que me realizo,
Leve,
Vivo a vida sem aviso,
O vento que me carregue!
É assim que quero viver,
Sem amarras,
Ver o amor crescer,
Longe das garras….
É assim que deixo viver,
Os amores não correspondidos,
Pois um dia há de ver,
O que haveres perdido!
A leveza ,
As cores,
A beleza
E os amores…..
Infinito.
Aida
03/01/2017
Respostas de 15
Viajar…buscar recantos na beleza lusitana…dia ensolarado, vamos viajar com ela…ladeiras,ora pois,isso é Lisboa…não é por acaso alguma semelhança .. vi endo cada momento…subindo a ladeira e olhando para o além mar…descobri um azulejo, talvez um
pastel de Belém …essa menina vai longe e apontou a partida em descobri que seus anos de vida são lindos e serão muito mais…seguindo Aida…seu espírito desbravador é inerente ao sorriso maroto…parabéns, você sabe ter a leveza do além…amar!
Querida Cris, é sempre um prazer ler seus comentários, sempre com muito carinho e poesia! muito obrigada pelo seu apoio nessa minha jornada! 😘
Aída,
Mais uma matéria bem sucedida de uma viagem muito linda!
Parabéns!
Brigada Robertinho pela sua assiduidade! 😘
Recebi pelo WhatsApp de minha tia Diana e estou publicando aqui o lindo comentário que ela fez sobre essa matéria:
“ O que se leva dessa vida são as recordações dos bons momentos. Assim, viva intensamente cada minuto que respira! E que cheguem outros tantos! Savoir vivre! C’est le plus important!”
Muito obrigada tia, pelo carinho e por ler minhas matérias! 😘
Amei viajar na sua viagem , Aida , sensacional as fotos e a poesia . E vamos as próximas aventuras . Beijos 😘
Brigada Elisa! Fico feliz em compartilhar, de vez em quando pagando uns micos, mas eles ajudam a deixar tudo leve! Tem sempre uma aventura pronta para sair do baú! Volte sempre! 😘
Que belas imagens,Aida! Elas são um presente.Obrigada por compartilhar.
Brigada Martha! Vejo beleza em tudo, e sempre tento traduzir essa minha visão nas fotos! 😘
Excelente coluna, Aída!
Apesar de não está com boas condições de saúde, você foi lá em Lisboa, fez o queria e nos presenteou com imagens incríveis. Será que teremos uma surpresa dessa menina que este ano será sexy..genária? Kkk. Vamos esperar pra ver.
A música dessa semana relembra a Rita Lee, que descreve o corre-corre da nossa vida, que passa rápido, muito rápido. Grande abraço.
https://youtu.be/VtXfwlw1cHA?si=qQZsu92tu3eyfLkG
Adoro a sua assiduidade Albino! Quanto a essa viagem vem mais por aí! Adorei o ‘sexy- gemaria’… 😂 faz tempo que não me sinto assim… quero mais que meus 60 me traga de volta meu charme! 😂 obrigada Albino pelo seu apoio infalível! 😘
Aída, amiga!!!!!!!! Mais uma viagem maravilhosa para nós, seus leitores. Desssa vez foi especial, quando voce disse “deixo vocês com a minha alegria de poder estar aqui contando sobre essa viagem que foi muito boa, apesar de ter sido desgastante para minha saúde”! Sempre aguardo por suas aventuras, mas como falei antes, essa foi especial. Um beijo 😘 fica com Deus.
Minha querida Denilma, esses meus dias em Lisboa foram maravilhosos, mas esse primeiro dia eu realmente pensei que não ia conseguir chegar no hotel… mas fiquei e cheguei, só Deus sabe como, eu não sei… fez meu aniversário 🎁 ser ainda mais especial! 😘 e brigada pelo carinho!
Muito bom.😍
Brigada Alice! Volte sempre! 😘