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sexta-feira, 13 de dezembro de 2024 – 03h06

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Aída, Ano: 58, Dia: 364!

Tempo vivido não é tempo perdido: em Lisboa de boa, ô pá!

Queridos Leitores,

O tempo está voando,  daqui a pouco chega Julho e eu me tornarei uma sexagenária! Como assim? Na minha cabeça eu ainda estou beirando os 30! rsrs…

Quando Ricardo nos deixou eu pensei comigo: ‘ele tinha apenas 31 anos de idade e eu estou no bônus… daqui em diante não vou mais hesitar, vou viver!’ E tenho feito isso, até que veio 2020 e meu diagnóstico, então pensei de novo: ‘será que meu bônus acabou?’ Mas eu não quis que acabasse e lutei, e apesar de fisicamente não ser como antes,  continuo no bônus e vivendo ainda mais intensamente!

Renato Russo dizia: ‘todos os dias quando acordo, não tenho mais o tempo que passou, mas tenho muito tempo, tenho todo tempo do mundo…’ mas será que temos? O que temos é o agora, e amanhã ao abrir meus olhos, agradecerei e viverei intensamente mais um dia que me foi dado!

No Café A Brasileira no Chiado! Sempre bem frequentado!
Eu e o freguês mais famoso do Café A Brasileira: Fernando Pessoa

E foi pensando nisso que ano passado eu resolvi ir comemorar meu aniversário em Lisboa. Já faziam quase 33 anos que tinha ido lá. Queria celebrar fazendo uma aventura diferente e o mais importante, tinha lugares que eu queria conhecer que não conheci da primeira vez!

©AídaB.Britto
O rio Tejo e eu!

E dia 26 de Julho de 2023 fui para Lisboa, toda feliz partindo para uma nova aventura!

Chegando lá tinha marcado um taxi para me levar no hotel e tudo correu como mandava o figurino. Não podia entrar no quarto antes das 15 horas então resolvi deixar minha malinha no hotel e sair, mas marquei bobeira pois ao invés de colocar um short eu saí do jeito que viajei, não pensei que ia estar tão quente. Perguntei informação na recepção do hotel pois queria ir comer num lugar que fosse perto do castelo de São Jorge para depois ir visitá-lo. Eu sabia que era uma subida. Peguei minha câmera fui para o metrô e sai na estação Baixa-Chiado, como a mulher disse,  e de cara vi esse restaurante chamado ‘A Brasileira’ e nem pensei duas vezes, fui fazer um lanche e tomar uma gelada. Eu estava me sentindo cansada pois levantei muito cedo.

Lisboa a perder de vista!
©AídaB.Britto
À esquerda Antônio Ribeiro do Chiado, poeta jocoso do século XVI, que era chamado assim pois morava na rua do Chiado e Fernando Pessoa que gostava de frequentar o Chiado! Acho que me identifiquei com o Chiado… rsrs

No restaurante o garçom disse para eu subir até bem perto do castelo de bonde. De lá poderia pegar o ônibus para subir até a entrada ou poderia ir a pé… Desci do bonde e resolvi ir andando mesmo, e foi bem difícil.

Mas cheguei, aos trancos e barrancos. Parando em toda sombra que encontrava. Lembro que em 90, fiz amizade com um cearense no avião e a gente ia pra todo lugar juntos, e nem lembrava como subir para o castelo era difícil, mas fomos conversando e rindo que nem sentimos. Outro fator era que para dois nordestinos o calor de Potugal não chgava nem aos pés do calor do Brasil. Tínhamos 26 anos e toda novidade era encarada com entusiasmo. A gente andava muito pois o albergue fechava às 10 e só reabria umas 7 da noite.

À esquerda o consulado brasileiro que fica no Chiado e à direita: pela janela do bonde!
À esquerda: o começo da subida a pé e à direita um dos portais do castelo!

Dessa vez eu  não aguentei mais muito calor, o efeito colateral da radioterapia junto com os medicamentos afetam na minha resistência, depois da doença tive que diminuir minha ‘velocidade’.

Em 90 encontramos um parque ao redor do castelo, que estava abandonado. O parque era o jardim do castelo, e tinha uma vista muito bonita da cidade e do Rio Tejo. Dessa vez, o castelo tinha sido restaurado, a entrada era paga e eu pude entrar nele. Os melhoramentos feitos realmente mudaram o lugar para melhor.

Um pequeno santuário para São Jorge, e a entrada do castelo!
Da janela do bonde…
A fila para comprar a entrada…

Quando vi tudo, subi e desci escadas de pedras lisas que escorregam muito, tudo com receio de cair, pois estava me sentido fraca… enchi minha garrafa d’água e desci a pé até o local da ‘paragem’ do bonde ou ônibus, que me levou de volta à estação, Baixa-Chiado e voltei para minha estação. Como aqui, lá também tem estações com mais de uma saída e como eu não prestei atenção na entrada arrisquei uma qualquer e que foi a mais longe do hotel. E aí começou a saga, quando vi no mapa estava andando para mais longe, vi um parque com um banco na sombra e me sentei, tentei pedir um Uber, mas não aceitavam pois eu estava muito perto do hotel. Duas funcionárias do ‘El Corte Inglês’ uma loja de departamento espanhola enorme, sentaram no mesmo banco que eu, então pedi a elas para me orientarem para chegar no hotel, pois já nem conseguia raciocinar com o mapa… elas foram ótimas e quando me senti melhor fui seguindo meu caminho, com muitas paradas e sentando na entrada das casas que estavam na sombra eu cheguei no hotel, subi pro meu quarto, tomei um banho, os remédios e cai na cama!

©AídaB.Britto
Lugares agradáveis na subida…
©AídaB.Britto
O arco da entrada principal!
©AídaB.Britto
Algumas casas continuam sem restauração…

Acordei no outro dia feliz por ter sobrevivido! E foi assim o último dia da minha volta 58 em torno do sol!

©AídaB.Britto
Eu brincando com minha câmera e aproveitando para descansar na sombra…. eu estava fugindo do sol!

Deixo vocês com as fotos, o vídeo, a poesia e a minha alegria de poder estar aqui contando sobre essa viagem que foi muito boa, apesar de ter sido desgastante para minha saúde!

Até a Próxima!

Aída

©AídaB.Britto
Estátua de dois reis, o da esquerda Dom Afonso Henriques, o primeiro Rei de Portugal e o outro Dom Manuel I, o Afetuoso
A casa acabada de novo e uma passagem no jardim do castelo
©AídaB.Britto
Do jardim do castelo apontando na direção da torre de Belém, de onde Cabral partiu para procurar outro caminho para as Índias e terminou no Brasil! Ao fundo a ponte 25 de Abril
©AídaB.Britto
Qualquer sombra valia….
As vezes nem queria levantar…. rsrs
Mas a beleza do lugar me puxava…
As sombras eram disputadas!
Eu louca, colocava minha câmera no chão e rezava pra que ninguém saísse correndo com ela…rsrs
O castelo tem uma posição estratégica e foi muito importante na defesa da cidade
Ao longo da muralha muitos canhões!
O velho e o novo se misturam! Ao fundo a ponte 25 de Abril
Nesse momento eu só queria um pé d’água… rsrs
Variação do mesmo tema sem sair do tema….
Como disse na foto anterior… adorei esses arcos!
A Praça do Comércio, eu acho, perto da Rua do Ouro e Rua da Prata!
Ao fundo o santuário do Cristo Rei!
O que eu chamo de jardins, são praças ao redor do castelo!
A ponte 25 de Abril!
Chegando perto do castelo…
O Castelo
Mais um ângulo do castelo
Mais um ‘stairway to heaven’ que eu achei!
O centro do castelo…
Na parte mais alta do castelo…
Lisboa vista de cima
Uma janela olhando e o topo da igreja São Vincente de Fora
Passagens…
Janela…
O centro do castelo
Mais outra poesia!
Um estúdio no meio do castelo

É assim que sou feliz,
Livre,
Dona do meu nariz,
Com tudo que me inspire

Leveza,
Cores,
Beleza
E amores!

É assim que me realizo,
Leve,
Vivo a vida sem aviso,
O vento que me carregue!

É assim que quero viver,
Sem amarras,
Ver o amor crescer,
Longe das garras….

É assim que deixo viver,
Os amores não correspondidos,
Pois um dia há de ver,
O que haveres perdido!

A leveza ,
As cores,
A beleza
E os amores…..

Infinito.

Aida
03/01/2017

 

Respostas de 15

  1. Viajar…buscar recantos na beleza lusitana…dia ensolarado, vamos viajar com ela…ladeiras,ora pois,isso é Lisboa…não é por acaso alguma semelhança .. vi endo cada momento…subindo a ladeira e olhando para o além mar…descobri um azulejo, talvez um
    pastel de Belém …essa menina vai longe e apontou a partida em descobri que seus anos de vida são lindos e serão muito mais…seguindo Aida…seu espírito desbravador é inerente ao sorriso maroto…parabéns, você sabe ter a leveza do além…amar!

    1. Querida Cris, é sempre um prazer ler seus comentários, sempre com muito carinho e poesia! muito obrigada pelo seu apoio nessa minha jornada! 😘

  2. Recebi pelo WhatsApp de minha tia Diana e estou publicando aqui o lindo comentário que ela fez sobre essa matéria:
    “ O que se leva dessa vida são as recordações dos bons momentos. Assim, viva intensamente cada minuto que respira! E que cheguem outros tantos! Savoir vivre! C’est le plus important!”
    Muito obrigada tia, pelo carinho e por ler minhas matérias! 😘

    1. Brigada Elisa! Fico feliz em compartilhar, de vez em quando pagando uns micos, mas eles ajudam a deixar tudo leve! Tem sempre uma aventura pronta para sair do baú! Volte sempre! 😘

  3. Excelente coluna, Aída!
    Apesar de não está com boas condições de saúde, você foi lá em Lisboa, fez o queria e nos presenteou com imagens incríveis. Será que teremos uma surpresa dessa menina que este ano será sexy..genária? Kkk. Vamos esperar pra ver.
    A música dessa semana relembra a Rita Lee, que descreve o corre-corre da nossa vida, que passa rápido, muito rápido. Grande abraço.
    https://youtu.be/VtXfwlw1cHA?si=qQZsu92tu3eyfLkG

    1. Adoro a sua assiduidade Albino! Quanto a essa viagem vem mais por aí! Adorei o ‘sexy- gemaria’… 😂 faz tempo que não me sinto assim… quero mais que meus 60 me traga de volta meu charme! 😂 obrigada Albino pelo seu apoio infalível! 😘

  4. Aída, amiga!!!!!!!! Mais uma viagem maravilhosa para nós, seus leitores. Desssa vez foi especial, quando voce disse “deixo vocês com a minha alegria de poder estar aqui contando sobre essa viagem que foi muito boa, apesar de ter sido desgastante para minha saúde”! Sempre aguardo por suas aventuras, mas como falei antes, essa foi especial. Um beijo 😘 fica com Deus.

    1. Minha querida Denilma, esses meus dias em Lisboa foram maravilhosos, mas esse primeiro dia eu realmente pensei que não ia conseguir chegar no hotel… mas fiquei e cheguei, só Deus sabe como, eu não sei… fez meu aniversário 🎁 ser ainda mais especial! 😘 e brigada pelo carinho!

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