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quinta-feira, 12 de dezembro de 2024 – 21h41

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Peraltices na Pandemia!

Queridos Leitores,

Esta é minha 40a coluna!! São 40 semanas contando para vocês minhas aventuras, minhas lutas, minhas perdas e minhas vitórias! É uma honra para mim poder fazer isso e aos poucos ir agregando mais e mais leitores!

Para comemorar tão ilustre número eu resolvi falar de umas peraltices que fiz durante a pandemia… rsrs. Digo peraltices porque eu desobedeci às ordens de ‘ficar em casa’ e dei duas fugidas (somente duas, sou bem obediente), e delas pude tirar fotos fantásticas dessa cidade que tanto amo e que tem tantas facetas!

Vou começar falando da segunda  escapada foi um pouco louca. Na época eu estava no Tinder (um aplicativo com um mostruário de homens, no meu caso, e que você escolhe se gosta ou se não gosta do que vê, aí se o cara gostar de você, os dois podem se comunicar) e comecei a conversar com um carinha que me disse que morava num barco-casa. Eu sempre tive muita curiosidade nesses barcos daqui. Ou você é muito rico para ter um e só morar nele durante o verão, ou você é um lascado e mora nele o tempo todo. Lógico que esse do Tinder era um lascado, e eu fui um pouco sem escrúpulos (mas quem tem escrúpulos no Tinder? Rsrs), queria fotografar. Estava ficando louca não poder sair e aí surgiu essa oportunidade ‘fora da lei’ para fotografar. Lá vou eu. Esses barcos navegam pela rede de canais de Londres que é enorme. Então ele me disse em que ‘moor’(áreas específicas onde esses barcos podem atracar e com instalações para limpeza dos barcos e abastecimento) ele estava e eu fui. O bom era que não podíamos nos tocar… rsrs, me senti segura. O Barco em si é bem comprido, o motor fica atrás, e é por onde acessa o barco. Ali é de onde ele dirige(?) o barco. Desce a escada e tem o quarto, num grande corredor o próximo cômodo era outro quarto, logo depois o banheiro e depois tinha uma cozinha tipo americana, uma sala e subindo a escada tinha o terraço da frente do barco!

O cara foi bem legal, me levou pra dar uma volta, passamos por um ‘lock’ que a gente entra nele, aí o cara sai do barco, abre a barragem, a água enche o lock, o barco passa e ele fecha a barragem. Tipo um elevador de barco. Eu fiquei fascinada, pois já tinha visto, mas nunca tinha estado num barco quando isso aconteceu! As fotos desse dias estão muito boas! Lugares em Londres que ninguém imagina existir!

  a primeira escapada foi eu sozinha, e com aquela vontade de fazer alguma coisa que fosse mais longe de casa, que não fosse supermercado, aí vi as fotos de uma pessoa no Facebook, um amigo, e disse, eu vou fazer isso. Entrei em contato e perguntei se ele teve problemas com a polícia, ele disse que não, pois só  estavam ele e a mulher dele, mas notou que a polícia estava parando e dispersando grupos (muito doido isso né?), então planejei, e num domingo ensolarado lá vou eu…. Estacionei meu carro o mais perto que pude da área que escolhi, de câmera, e lentes em punho lá vou eu andando pelo leste de Londres, na verdadeira cidade de Londres, onde ela começou! A caminhada foi de pouco mais de 8 quilômetros. Passei pela catedral de St. Paul, atravessei a ponte do milênio , parei na frente da Tate Modern, fui até a ponte de Blackfriars, tirei fotos na Fleet Street, tentei convencer o guardinha pra entrar na área da igreja do Templário, mas não consegui, passei por antigos mercados e quando cheguei de volta no carro estava me sentindo a fugitiva, pois sim eu fugi da prisão que me impuseram, andei pelas ruas vazias de Londres e voltei para casa sem nenhum policial me parar!

Naquela época louca, momentos como esses eram tão valiosos como um diamante! Tanto no passeio do barco, como no passeio por Londres eu senti o verdadeiro valor da liberdade, do que isso significa e que não existe nada mais importante na vida das pessoas. Adorei correr os riscos, adorei o resultado das fotos e mais ainda adorei me sentir livre!

E como estou escrevendo essa coluna no Dia Internacional da Mulher, gostaria de dizer  que esse dia vai muito além de flores, chocolates e homenagens. Hoje é o dia de avaliar a liberdade das mulheres em todo mundo e pensemos o que podemos fazer para mudar a vida de tantas mulheres que ainda são escravizadas. E nas palavras de Madre Teresa: faça uma oração, e mesmo que você  pense que é só uma gota no oceano, se não fizer, é um oceano com uma gota a menos!

Deixo vocês com minhas fotos dos dois passeios e a minha poesia final!

Até a Próxima!

Aída

Começando o passeio!
Avistando esse lindo cisne!
O teto do barco, com placas de energia solar
Sim, isso também é Londres
Depois de dar a volta, passando pelo ‘moor’… indo
Muitos barcos casa
Casas que têm quintal para os canais…
Árvores dançantes!
Elas de novo…
Mais casas ribeirinhas… será que podem ser chamadas assim?
Preparando para entrar no ‘lock’
Já dentro do ‘lock’ com os portões da frente e de trás fechados, centrando o barco para deixar encher o ‘lock’… ele abre o portão da frente bem pouquinho para a água subir sem sacolejar o barco
Aqui a água já subiu bastante
E aqui ele já começa a abrir o portão completamente
Começando a sair do ‘lock’, como ele disse: um elevador para barcos e assim eles fazem os canais serem navegáveis mesmo que em níveis diferentes
Parada num parque para caminhar, esse é o barco dele
Vista do canal de cima da ponte
Outra foto de cima da ponte
Na volta, acho que é a única foto minha desse dia
No parque
Entrada do parque
Aqui tem muitos lugares com esses túneis de árvores
Não tinha um lugar feio…
Esperando o ‘lock’ encher para entrar e descer para o canal mais baixo
Essa parada me deu a chance de multiplicar o céu por dois em minhas fotos
Nessa, nem precisei do céu de verdade!
E mais águas espelhadas!
Eu na frente do barco e ele pilotando!
Começando meu passeio em Londres. Essa foi a rua que estacionei o carro
Escultura que é chamada: Abrindo o portão do ‘lock’
Essa rua é chamada ‘London Wall’ pois era por ela que passava as muralhas de Londres
Ainda na ‘London Wall’ comecei a encontrar palavras soltas… Todo ano, durante a primavera e o verão, existem instalações nas ruas e que envolve coisas espalhadas pela cidade, na parte central. Talvez essas palavras tenham sido isso em 2020
Um pequeno parque do lado de uma igreja….
Fonte do meio desse parque
Mais adiante na ‘London Wall’ e o ‘YOU’
Chegando na Catedral de St. Paul e o ‘if’!
Ao redor da catedral…. ‘meet’
Agora o ‘going’…
Eu literalmente pude ficar no meio da rua, com minha câmera no asfalto para tirar essa linda foto da catedral…
Somente as torres
O lado da catedral, me encaminhando para a ponte do milênio
Na descida para ponte mais duas palavras: ‘are’ e ‘what’ . Aqui era o começo e a pergunta era: ‘what are you going to meet if you turn this corner?’ (O que você encontrará se virar essa esquina?) Como eu comecei do ‘turn’ fui descobrir isso na internet… rsrs
Na descida para ponte do milênio tem essas bolas e se você olhar bem eu estou na foto
Arte no chiclete. As pessoas jogam chiclete na ponte, ai vem um maluco e desenha neles… a criançada vibra!
Foto impossível de se conseguir em dias normais…
O Tâmisa espelhando os grandes arranhas céu!
Cartão postal de Londres ao fundo a Ponte da Torre
Mais uma da ponte do milênio vazia, ou quase vazia…
Já do outro lado… esse passeio foi um privilégio!
Respire fundo…
As colunas da ponte que nunca foi construída
Andando pela lado sul do rio, ai quando tem ponte temos que passar por esses túneis…
Atravessando a Ponte Blackfriars, quase inacreditável ver ela assim vazia…
O verdadeiro Pub da esquina, e é só esquina mesmo. Na foto da esquerda notem esses pequenos postes branco, vermelho e preto, eles são marcas exatas de onde a muralha de Londres passava.
Essa é a ponte de Farringdon, na verdade um viaduto, e muito lindo por sinal
O símbolo da cidade de Londres!
O ‘Smithfield Market’. Vejam que tem vários postes que marcam a muralha
Dentro do mercado, cabines telefônicas, bem difíceis de serem encontradas hoje em dia
Eu do outro lado da ponte do milênio

Que os anjos nos abençoe,
Que os anjos olhem por mim,
Que você reflita e perdoe,
Que o perdão seja o seu estopim…

Para explodir de alegria,
E que tudo vá além,
Daquilo que você queria
E que os anjos digam amém!

Aída
12/05/2020

Respostas de 19

    1. Muito obrigada Ana Flávia, pelo seu carinho! Acredito que essa sensibilidade é o amor que tenho em escrever e fotografar… e tudo que é feito com amor 🥰 tem um bom resultado né? Volte sempre minha amiga, é sempre um prazer! 😘

  1. Vamos fugir com Aida…lá vai ela fotografando …aventura necessária para fixar o olhar na amplitude do lugar vazio.O barco incrível…companhia à parte …o que interessa é o flech necessário da máquina…rsss.Outro momento, Londres,calma e serena…ela tá vendo tudo…menos a ordem do dia…vamos fugir baby com Seixas…na esquina tem gente…parabéns menina traquina!!!

    1. Eita Cris, quase esqueci de agradecer seu comentário cheio de carinho e poesia! Mas antes tarde do que nunca… sim foram dias libertadores e eu não fui pega! 😘

  2. Aída, não sei se é melhor fazer os comentários primeiro ou por último. Kkk
    Além de você, seus leitores dão um show. Cada um melhor que o outro. Você está nos presenteando em suas duas “fugidas” com imagens impressionantes de uma Londres deserta, diferente do dia dia agitado, mostradas e descritas com um jeito que nos transportam para o local da cena. Perfeito. Parabéns.
    Ah! Só uma dúvida: o que você encontrou quando virou a esquina foi a Catedral de St. Paul?
    Para finalizar existe uma música de Raul Seixas que retrata muito bem o momento da pandemia, segue o link:
    https://youtu.be/H8zbYY41Vus?si=r9MuNFT1wiGeocah

    1. Querido Albino, pra mim não importa, o que importa é você comentar!
      Essas escapadas foram bem legais, e teria feito isso onde quer que eu estivesse… momento histórico ver a cidade deserta.
      Na verdade eu não dobrei a esquina pois eu comecei do ‘turn’ e fui em direção ao começo que era a catedral… realmente não sei o que tinha no entorno da London Wall!
      E essa música , eu acho que foi uma premonição do Raul Seixas… que pena ele não estava mais por aqui para ver isso acontecer! Grata pelo carinho! 😘

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