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domingo, 16 de fevereiro de 2025 – 20h44

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Aumento de queimadas em Alagoas impacta em Unidades de Conservação e vegetação nativa

Em uma semana foram monitorados 621 focos, conforme relatório do IMA
Foto: Ascom/IMA-AL

Segundo monitoramento do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL), houve um aumento significativo de 256% nos focos de queimada, na semana de 19 a 25 de janeiro de 2025, com 621, comparando a semana anterior, quando foram contabilizados 174 ocorrências.

É certo que boa parte desses incêndios são propositais, e seguindo a legislação ambiental vigente, o uso do fogo em Unidades de Conservação é ilegal e passível de sanções, com multas que podem chegar até a R$ 10 mil por hectare, além de prisão de um a 5 anos de reclusão.

No relatório do IMA-AL, Áreas de Proteção Ambiental (APA) foram impactadas com 47 focos, destacando-se a APA do Pratagy (15) e a APA de Murici (13). Outros 158 focos atingiram formações naturais, tendo áreas de Transição Fitoecológica a maior incidência, com 50 focos; Floresta Ombrófila, com 49 focos e Caatinga, com 40 focos.

O diretor-presidente do IMA, Gustavo Lopes, reforça que é fundamental a conscientização para a preservação dos biomas locais e o respeito às normas ambientais, ressalta ainda sobre a importância da denúncia, através de aplicativo criado pelo órgão.

“Temos o aplicativo IMA Denuncie, uma importante ferramenta para denúncias de queimadas irregulares. Principalmente, em áreas protegidas. O que pode configurar danos para a nossa fauna e flora, prejudicando o ecossistema do nosso Estado”, disse Lopes.

Coruripe lidera o ranking dos municípios com mais registros, totalizando 61 focos. Seguido por Traipu (53) e Rio Largo (29). Já municípios como Água Branca, Campestre, Carneiros, Coité do Nóia e Coqueiro Seco apresentaram apenas um foco cada.

Para Daniel da Conceição, geógrafo e supervisor de geoprocessamento do IMA, “O geoprocessamento é fundamental para a análise de dados de alertas de queimadas disponibilizados pelo INPE, pois permite uma compreensão precisa e detalhada das informações geoespaciais e temporais de um determinado local”, afirmou.

A tecnologia permite a visualização espacial, com a criação de mapas temáticos, para identificar focos de queimadas, além do cruzamento de dados sobre vegetações distintas. Outro aspecto importante está relacionado à gestão territorial, com o suporte ao planejamento ambiental e prevenção de queimadas.

Também permite melhorar a fiscalização, com a identificação de responsáveis por danos ambientais com georreferenciamento. Os relatórios de monitoramento de queimadas são publicados semanalmente no site do instituto.

Com informações do IMA-AL

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