O setor de Serviços, que inclui o de Comércio, é responsável por 57.25% do Produto Interno Bruto (PIB) de Maceió. Deste total, somente o Centro contribui com 14% do PIB, entre 3.383 microempresas e empresas de pequeno porte. Estes são alguns dados do relatório de 2022, encomendado pela Aliança Comercial de Maceió, ao Instituto Fecomércio de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento de Alagoas (Instituto Fecomércio).
O potencial do Centro pode ser identificado pela importância do setor de Serviços e Comércio na geração de 27 mil vagas de emprego entre micro e pequenas empresas. O Centro possui 4.472 empreendimentos no total, distribuídos nos setores de Agropecuária, Indústria e Serviços.
A produtividade econômica do Centro está marcada na transformação do bairro em local destinado à prática laboral. Entre seus frequentadores, 54,66 % estão a trabalho e 44,1% em busca de comércio e serviços. O Centro possui uma área de 1.58 km², com uma população estimada em 3.072, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2021.
Em relação à opinião dos indivíduos, foram avaliados aspectos como mobilidade, segurança, tráfego de automóveis, presença de ambulantes, estrutura de praças, disponibilidade de banheiros públicos, melhorias em geral e faltas de serviços. Para os entrevistados, a nota média dos aspectos de mobilidade urbana é de 3,82 pontos. Já sobre o tráfego de automóveis, a nota ficou em 4,46 pontos. Relativamente à segurança, a nota foi de 5,77 pontos. Com respeito à estrutura de praças, 68% deram nota máxima de 5 pontos.
Sobre os ambulantes, 28% acham péssima e 27%, ruim ou regular a presença deles nas ruas do comércio. Quanto à disponibilidade de banheiros públicos, 88% concordam que deveria haver banheiros à disposição da população. No que concerne às melhorias em geral, 57% acham que os aspectos de infraestrutura e mobilidade devem ser melhorados. Dentre os entrevistados, 17% concordam que faltam políticas públicas, 40%, segurança e 24%, acessibilidade e infraestrutura.
Sobre o perfil dos entrevistados, 57% eram mulheres; elas também são a maioria da mão de obra no comércio. Em relação à faixa etária, 73% dos frequentadores têm entre 19 e 45 anos de idade. Quanto ao estado civil, 45% são casados e 46%, solteiros. Com respeito ao nível de escolaridade, 56% possuem apenas o Ensino Médio. No que se refere à moradia, 32% residem nos bairros Cidade Universitária, Clima Bom, Santos Dumont, Santa Luiza e Tabuleiro dos Martins. Sobre as ocupações, 60,87% trabalham nas áreas de comércio e serviços e 13,35% são autônomos. A renda média está entre um e dois salários-mínimos, o que corresponde à média alagoana e brasileira.
A pesquisa, dividida em duas etapas consecutivas, definiu o perfil geral dos consumidores do Centro de Maceió, por meio da coleta de dados, obtidos em questionários aplicados em três partes distintas: a) perfil, b) imagem e satisfação e c) estrutura, mobilidade e organização. Foram colhidas 326 respostas, e os dados, processados eletronicamente com tratamento estatístico. Na etapa final, incluíram-se aspectos macros, com dados gerais e secundários. A entrevista in loco foi aplicada entre os dias 15, 16 e 17 de dezembro de 2021.