A busca pela Virtual Private Network (VPN), rede privada virtual, aumentou em 1.600%, após o bloqueio do X (antigo Twitter) no Brasil. Mesmo com a proibição de acesso à plataforma, que inclui multa diária de R$ 50 mil, a demanda indica que os usuários estão procurando um meio de entrar na rede social. A VPN permite que um ou mais dispositivos se comuniquem de maneira privada e criptografada, dificultando interceptações.
As informações são do VPNMentor, que observou um aumento de 469% ainda na sexta-feira (30 de agosto) – quando da ordem de bloqueio da rede, determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes – chegando a 1.600% no sábado (31 de agosto), a partir de 0h, dia do início efetivo do bloqueio pelas operadoras de telefonia.
A ordem de Moraes, destinada à Agência Nacional de Telefonia (Anatel), deveria ser repassada a mais de 20 mil provedores de acesso à internet (ISPs, sigla em inglês), que operam no Brasil. A equipe do site já havia observado e documentado vários casos de picos na demanda por VPN, vinculados a protestos, proibições de mídias sociais e acesso limitado a aplicativos ou sites específicos.
Na Venezuela, por exemplo, após a decisão de Nicolás Maduro de banir o X do país, por 10 dias, houve o pico de 150% na busca por VPN. No Brasil, além do uso de VPN, muitos usuários do X migraram para outras plataformas, como Bluesky, que chegou a 2 milhões de usuários em três dias. A rede ocupa a primeira posição na lista de aplicativos gratuitos para iPhone no país, ficando acima do Thread, da Meta.
