Entre os dias 26 e 28 de novembro, foi realizado na sede dos Correios, em Brasília, o Encontro Nacional de Endereço nas Periferias. O evento teve o objetivo de discutir e promover soluções para o endereçamento de comunidades periféricas e favelas, áreas historicamente marcadas pela falta de acesso a serviços essenciais. Promovido pelo Ministério das Cidades, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelos Correios, o encontro contou com a presença de representantes do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Maceió (Iplan).
Durante os três dias de evento, foram discutidas novas metodologias e abordagens para aprimorar o endereçamento de favelas e comunidades urbanas. A reunião contou com oficinas e palestras, a fim de serem discutidas soluções concretas, que contemplem a população residente em áreas periféricas, para além da regularização de endereços. O foco foi garantir o direito à cidadania assegurando o acesso a serviços básicos, oportunidades e inclusão social.
“Estamos comprometidos em transformar os desafios enfrentados por essas comunidades em iniciativas que promovam dignidade e desenvolvimento. Endereçar as periferias é mais do que um ato administrativo; é um passo fundamental para garantir o direito à cidade e à cidadania plena. É garantir o direito de receber uma simples encomenda na porta de casa, mas também de matricular os filhos na escola e acessar os serviços de saúde e assistência”, explicou a diretora-executiva de Estudos e Soluções para Grotas e Regiões Vulneráveis do Iplan, Thais Godinho.
O presidente dos Correios, Fabiano Santos, afirmou que a empresa pública tem aumentado o acesso da população periférica aos balcão de serviços disponibilizado aos brasileiros. “Ampliar cada vez mais a nossa rede de atendimento. Já iniciamos a abertura de diversas agências dos Correios em favelas. A ideia é que a gente expanda muito a produção de CEPs para que a gente leve dignidade às comunidades, que a gente leve postos dos Correios em áreas em que a população mais precisa”, assegurou.
No último dia de evento, o IBGE promoveu uma oficina com cerca de 40 participantes interessados em compreender melhor como acessar as bases de dados de Favelas e Comunidades Urbanas. O instituto apresentou as ferramentas de busca que possibilitam encontrar as informações. Entre as plataformas apresentadas, estão as funcionalidades do Sidra, ensinando como gerar as tabelas e chegar aos resultados; o Panorama Censo 2022, demonstrando onde buscar informações sobre uma determinada favela e fazer comparações com outras comunidades; e o site oficial do IBGE, com ampla variedade de recursos e publicações.