Começa nesta segunda-feira (18) a Cúpula de Líderes do G20 – grupo das 19 maiores economias do planeta, mais União Europeia e União Africana -. Ao todo, 19 chefes de Estado e de Governo estão na cidade para debater um documento que chegue a um consenso entre os três eixos que marcaram a presidência brasileira no G20 ao longo de um ano. A única ausência será a do presidente russo, Vladimir Putin, representado pelo ministro das Relações Exteriores do país, Sergei Lavrov. Os dois dias de debates ocorrem no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro, no Aterro do Flamengo, sob um forte esquema de segurança.
Esta é a primeira vez que o evento é realizado no Brasil, que está na presidência temporária do grupo desde o fim de 2023. Além do Brasil, fazem parte do grupo Estados Unidos, China, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Rússia, Índia, Canadá, Coreia do Sul, Arábia Saudita, México, Argentina, Turquia, Indonésia, Austrália e África do Sul. Originalmente, são esses 19 países somados à União Europeia — daí o nome G20 (Grupo dos 20). Em 2023, também foi incorporada ao grupo a União Africana, que reúne os 55 países e territórios da África.
Três eixos da presidência brasileira no G20
O primeiro eixo da presidência brasileira no G20 é o combate à fome, à pobreza e à desigualdade. O segundo é o desenvolvimento sustentável, o enfrentamento às mudanças climáticas e a transição energética. O terceiro eixo é a reforma da governança global para resolver conflitos. Na área econômica, a principal bandeira brasileira é a taxação global dos super-ricos. Baseada nas ideias do economista francês Gabriel Zucman, a proposta, que divide os países, prevê um imposto mínimo de 2% sobre a renda dos bilionários do mundo, o que levaria à arrecadação entre US$ 200 bilhões e US$ 250 bilhões anualmente.
Apesar de ter a adesão de diversas nações, a ideia enfrenta a resistência de alguns países desenvolvidos, entre os quais os Estados Unidos e a Alemanha, e também da Argentina. Entre os países que apoiam estão França, Espanha, Colômbia, Bélgica e África do Sul, que assumirá a presidência rotativa do bloco depois do Brasil. A União Africana manifestou apoio desde a apresentação da proposta em fevereiro.
De quinta-feira (14) a sábado (16), a presidência brasileira do G20 recolheu as contribuições da sociedade civil durante o G20 Social. Iniciativa criada pelo Brasil que reuniu organizações sociais, acadêmicos e entidades que redigiram um documento a ser anexado ao comunicado final da reunião da cúpula, onde o Brasil passará a presidência do grupo para a África do Sul.
Confira a programação prevista para a Cúpula do G20
18 de novembro (segunda-feira)
- 08h40 – Cumprimentos aos líderes do G20
- 10h – Lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e 1ª Sessão da Reunião de Líderes do G20: Combate à Fome e à Pobreza
- 14h – 2ª Sessão da Reunião de Líderes do G20: Reforma das Instituições de Governança Global
19 de novembro (terça-feira)
- 10h – 3ª Sessão da Reunião de Líderes do G20: Desenvolvimento Sustentável e Transição Energética
- 12h30 – Sessão de encerramento da Cúpula de Líderes do G20 e cerimônia de transmissão da presidência do G20 do Brasil para a África do Sul
*Com informações da Agência Brasil