Deputados da base governista e da oposição repudiaram o ato ocorrido na noite de quarta-feira (13), na Praça dos Três Poderes, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (DF). Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, atentou contra a própria vida com um artefato explosivo. Antes de morrer, ele arremessou dispositivos em direção à estátua da Justiça, localizada no STF. O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), disse estar acompanhando as investigações. Ele pediu punição rigorosa para os responsáveis caso seja comprovada motivação política. Já o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) negou que o autor do atentado tenha ligação com o ex-presidente Jair Bolsonaro ou a sua legenda, o Partido Liberal.
Tiü França, como era conhecido, foi candidato a vereador pelo PL em 2022, um ano antes de Bolsonaro ter se filiado ao partido. “A pessoa que se explodiu foi sim candidata a vereadora pelo PL, mas no momento em que Bolsonaro sequer estava no PL. Então, para acabar com qualquer tipo de possibilidade de vinculação. Além disso, vale lembrar que antes de ele cometer o ato criminoso ele ainda deixou algumas mensagens na rede social WhatsApp mostrando que não era nem Lula nem Bolsonaro, fazia muito mais um estilo que a gente chama na internet de ‘isentão’. Ponhamos isso antes de qualquer julgamento”, declarou,
Francisco Wanderley era natural de Rio do Sul, município no interior de Santa Catarina, e exercia a profissão de chaveiro. O líder da oposição, deputado Filipe Barros (PL-PR), acusou os deputados de esquerda de usar o episódio para atrapalhar o andamento do projeto que oferece anistia a presos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro. Para Filipe Barros, o ato desta quarta-feira foi um suicídio, e não uma tentativa de ataque aos Poderes. Já a deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) afirmou que o atentado a bomba não é um fato isolado.
O deputado Jorge Goetten (Republicanos-SC) afirmou que conhecia o autor do ato. “A última vez que conversei com ele foi em maio de 2023, quando esteve em meu gabinete em Brasília. Em nome da empatia e da solidariedade, coloco-me à disposição da família neste momento de dor.” Goetten divulgou nota oficial em que lamentou os acontecimentos e lembrou que Francisco Wanderley Luiz era da mesma cidade que ele, Rio do Sul (SC). “Lamento qualquer ato violento, principalmente aqueles que colocam a vida de terceiros em risco”, disse o deputado.
*Com informações da Agência Câmara de Notícias