A maior chuva de meteoros de 2024 estará visível a olho nu a partir de sexta-feira (13), já antes da meia-noite. O auge do fenômeno cósmico acontece na madrugada de sábado (14), em todas as regiões do Brasil. As Geminídeas são conhecidas por sua luminosidade, intensidade e, principalmente, pela produção de bólidos (fireballs). De acordo com o Observatório Nacional, a chuva pode apresentar até 150 meteoros por hora, nos momentos de pico, em condições ideais.
O espetáculo deve seu nome à constelação de Gêmeos, onde está seu radiante, o ponto no céu de onde os meteoros parecem surgir. Para observar, os astrônomos recomendam ir para locais com pouca poluição luminosa, direcionando o olhar para longe da lua cheia, na direção nordeste. É possível que meteoros mais brilhantes e até fireball sejam visíveis, especialmente nas primeiras horas da madrugada. Embora seja importante esperar até que os olhos se adaptem à escuridão – cerca de 20 minutos – não é necessário o uso de telescópios ou binóculos.
“Uma característica interessante desta chuva é que ela pode ser observada antes da meia-noite, pois o radiante já está bem posicionado a partir das 22h em regiões mais ao norte do País. Isso torna a observação mais acessível, especialmente para quem prefere não virar a noite. No hemisfério sul, o espetáculo ocorre com menor intensidade, sendo melhor e mais visível no meio da madrugada”, destacou o astrônomo, Marcelo de Cicco, coordenador do Projeto Exoss, rede colaborativa parceira do Observatório Nacional (ON/MCTI).
A colaboradora do Exoss, Luciana Fontes, destacou que, diferentemente de outras chuvas de meteoros, que geralmente são associadas a cometas, as Geminídeas têm como objeto parental o asteroide 3200 Phaethon. Este corpo celeste, quando mais próximo ao Sol, ejeta grãos e partículas que ao longo das eras acabam por penetrar na atmosfera terrestre e produzem os belos rastros luminosos no céu. E, conforme as últimas pesquisas, a atividade desta chuva está aumentando a cada ano, tendo a perspectiva de atingir seu máximo em torno de 2050.
Segundo a instituição científica, “as chuvas de meteoros são fenômenos dos mais apreciados pelos amantes da Astronomia. Os meteoros são fenômenos luminosos atmosféricos devido a entrada de meteoroides em altíssima velocidade na atmosfera da Terra. Os meteoroides são fragmentos de cometas ou de asteroides que ficam à deriva no espaço. Conforme a rocha espacial cai em direção à Terra, a resistência do ar, atuando no meteoroide, ocasiona a ablação, formando um “rastro” brilhante. Quando a Terra encontra muitos meteoroides ao mesmo tempo, temos uma chuva de meteoros”.