O surf é um esporte que proporciona instantes ímpares de dimensões e paisagens, na solitude plena do mar aberto, onde os surfistas, sempre no pico das melhores ondas, remam, se debruçam e mergulham sobre a prancha, na parede de água armada. É quando o fotógrafo esportivo pode ter a visão e a sorte de estar posicionado diante da mágica que está para acontecer.
Durante os Jogos Olímpicos de 2024, em um universo de fotografias magníficas dos profissionais da imagem, uma delas se destacou pelo conjunto de sua composição. Foi o caso da imagem do surfista brasileiro Gabriel Medina, no ar, junto à sua prancha, com o dedo indicando o número 1, após entubar uma onda que lhe rendeu a nota 9,90, a maior nota da história do surf olímpico.
A imagem foi registrada pelo fotógrafo francês Jerome Brouillet, da AFP, na praia de Teahupo’o, a 15 mil quilômetros da capital francesa, no Taiti. Logo a imagem estampou a capa de grandes mídias internacionais, foi largamente divulgada e comentada em todas as redes sociais, e já é considerada a melhor imagem dos Jogos Olímpicos de 2024.
Entrevistado pelo repórter André Galindo, do canal SporTV, Brouillet disse que “estava preparado no barco junto com os outros fotógrafos naquele momento. Ao fim das ondas, ele [Gabriel Medina] se projeta e eu faço a sequência de fotos”.
“Fiz a foto, olhei para a câmera, selecionei os cliques e vi as imagens do começo do pulo e do meio. Olhei e vi que fiz um bom trabalho. Mandei para o meu editor para ver o que acontecia”, relatou o fotógrafo. “Estou fazendo o que amo. É apenas mais uma foto. Eu tive a chance, havia dez no barco. Quero agradecer meu editor que fez bem seu trabalho e enviou para todo mundo”, concluiu.
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