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sexta-feira, 13 de dezembro de 2024 – 03h51

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Marilena Chauí foi incluida na lista de professores negros da USP

FFLCH mapeou docentes com base na declaração de autoidentificação
A filósofa e professora de filosofia da USP, Marilena Chauí - Foto: RicardoStuckert/Divulgação

A Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), da Universidade de São Paulo (USP), incluiu a filósofa Marilena Chauí na lista de professores negros da instituição de ensino. O levantamento tem como base a declaração de autoidentificação e inclui 29 nomes de professores autodeclarados negros. Chauí é formada em filosofia pela FFLCH e atua como docente na faculdade desde 1963. A inclusão da filósofa causou surpresa nas redes sociais. “Se a Marilena Chauí é negra, o que eu sou?”, disse um dos perfis da rede X. “Marilena Chauí é filha de uma italiana e um libanês”, expressou outro. “Com quantos anos vocês descobriram que Marilena Chauí é negra? Eu descobri aos 60. Está no site da USP”, falou um terceiro.

A FFLCH explicou o procedimento “Memória Negra”, no site da instituição. “A nova gestão da direção da FFLCH iniciou um mapeamento inédito da docência negra em nossa unidade, que será desenvolvido com a devida atenção nos próximos anos. Este é um projeto de pesquisa em sua fase embrionária que pretende reconstituir e analisar a trajetória de professoras/es negras/os que atuaram e atuam em nossa faculdade para dar visibilidade e reconhecimento à presença e à memória da docência negra. Foram e são docentes que atuam e atuaram em diferentes áreas do conhecimento das humanidades, sendo que várias/os delas/es colaboraram ativamente na construção de diferentes políticas públicas, inclusive a de cotas raciais, e na ampliação e efetivação dos direitos humanos”, disse o site.

Imagem de Marilena Chauí no programa ‘Memória Negra’ pelos 90 anos da FFLCH – Foto: Reprodução/USP

Todos os professores mapeados aparecem na lista com uma foto em preto e branco, com o título do projeto e a frase “Professoras e professores negros da FFLCH”. A autodeclaração é o critério utilizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para identificar a raça das pessoas. O novo perfil de ingressantes na USP na última década foi o ponto de partida do mapeamento das figuras negras, conforme explicou a faculdade. Menos de 5% dos docentes eram negros em 2023, segundo o anuário oficial. Por outro lado, alunos pretos e pardos de graduação e pós-graduação somavam 23,55% do total do corpo discente.

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