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domingo, 8 de setembro de 2024 – 15h25

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Seis anos do incêndio que consumiu 80% do acervo do Museu Nacional

Equipamento reunia 20 milhões de itens de sete áreas do conhecimento humano
Prédio do Museu Nacional em chamas, em setembro de 2018 - Foto: TâniaRêgo/AgênciaBrasil

Hoje completam seis anos do incêndio de grandes proporções, que atingiu o Museu Nacional. Em 2 de setembro de 2018, após o encerramento das visitações, as labaredas atingiram os três andares do prédio, localizado na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro. Fora de controle, o fogo destruiu coleções inteiras, consumindo cerca de 80% de todo acervo da instituição.

O museu abrigava mais de 20 milhões de itens, com relevantes registros da memória brasileira, das ciências naturais e antropológicas, provenientes de diversas regiões do planeta, produzidos por povos e civilizações antigas. Subdividido em coleções, o acervo se compunha material relacionado às áreas de geologia, paleontologia, botânica, zoologia, antropologia biológica, arqueologia e etnologia. Além da biblioteca, especializada em ciências naturais do Brasil, com mais de 470 mil volumes e 2.400 obras raras.

O Paço de São Cristóvão, palácio que sediava o Museu Nacional, era a principal instituição de história natural da América Latina. De acordo com a Polícia Federal, o fogo começou em um aparelho de ar-condicionado. As obras emergenciais tiveram início ainda em setembro de 2018, com retirada dos escombros, escoramento do prédio, instalação de telhado provisório e de contêineres para apoio ao resgate do acervo e foram até agosto de 2019. As obras na fachada e telhado foram iniciadas em novembro de 2021.

A gerente executiva do Projeto Museu Nacional Vive, Lucia Basto, explica que as intervenções de reconstrução começaram pelas fachadas, coberturas e esquadrias. “Cinquenta por cento do prédio já está recuperado. Estamos avançando, continuamos com esse processo e agora, no segundo semestre de 2024, vamos dar início às obras do interior”, detalhou.

No site do Projeto Museu Nacional Vive são publicados boletins sobre o andamento da recuperação. Foram içadas mais de cinco toneladas de vigas e pilares. A claraboia é uma das inovações do projeto de arquitetura e restauro e conta com a aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Paço de São Cristóvão, palácio que sedia o Museu Nacional – Foto: TomazSilva/AgênciaBrasil

A entrega do Bloco 1 está prevista para ocorrer até abril de 2026. Já a reabertura total do equipamento deve acontecer apenas em 2028.

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