A rede social X (antigo Twitter) voltou a ficar indisponível no Brasil. O retorno da plataforma, suspensa desde 31 de agosto, durou apenas um dia. Na quinta-feira (19), o X acatou ordem judicial e deixou de operar com o serviço da CloudFlare, que permite uma resistência mais eficiente a bloqueios. A informação foi passada pela Associação Brasileira dos Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint).
A plataforma havia ficado disponível para os usuários brasileiros na quarta-feira (18). O conselheiro da Abrint, Basílio Rodriguez Perez, disse à agência AFP, que “pouco antes das 16h, o próprio X parou de usar o serviço da Cloudflare”, e por este motivo, “ficou bloqueado”. O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou multa de R$ 5 milhões, por dia, ao X, pelo retorno da plataforma, que foi entendido como um drible na ordem anterior. A punição passou a valer a partir da última quinta.
Na decisão, publicada em “edital de intimação”, Moraes intimou o X “para que, imediatamente, suspenda a utilização de seus novos acessos pelos servidores CDN Cloudfare, Fastly e Edgeuno e outros semelhantes, criados para burlar a decisão judicial de bloqueio da plataforma em território nacional, sob pena de multa diária de R$ 5 milhões”. A multa se aplicava também à Starlink, empresa cujas ações Elon Musk, dono do X, detém apenas 40%.
Na quarta-feira (11), o magistrado decidiu sobre a transferência de R$ 18,3 milhões para a União, bloqueados nas contas da Starlink e do X. O ministro havia expedido um mandado de intimação a Elon Musk, ordenando a nomeação de um representante legal do X no país, no prazo de 24h, sob pena de suspensão da rede. A indicação do nome visava ao cumprimento de ordens judiciais e ao pagamento de multas, definidos em mandados anteriormente proferidos por Moraes.
