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quarta-feira, 6 de novembro de 2024 – 15h29

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Pacientes são infectados com HIV após transplante

Casos ocorreram no RJ; informação foi confirmada pela Saúde estadual
Foto: Reprodução/EBC

Seis pacientes testaram positivo para HIV, após receberem órgãos transplantados no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela Secretaria Estadual de Saúde. A descoberta da contaminação ocorreu no mês passado, após um paciente transplantado apresentar sintomas neurológicos. Amostras dos órgãos doados pela mesma pessoa foram analisadas e outros casos de infecção acabaram sendo confirmados.

Todos os testes de sorologia de órgãos doados  realizados na empresa PCS laboratórios, de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A contratação foi feita pela Secretaria, em dezembro de 2023, de forma emergencial, porque Instituto Estadual de Hematologia (Hemorio) estava sobrecarregado. O contrato firmado, com valor de 11 milhões, tinha duração de 12 mesesA situação é inédita no Brasil, que realiza transplantes desde 1968. Em 2024, ultrapassou a marca de 14 mil procedimentos pelo Sistema Único de Saúde só no primeiro semestre.

A Anvisa esteve no laboratório PCS e descobriu que a unidade não tinha kits para realização dos exames de sangue e também não apresentou notas fiscais da compra dos itens, o que levantou a suspeita de que os testes não foram feitos e de que os resultados tenham sido forjados.

A notícia foi dada pela BandNews FM nesta sexta-feira (11). Segundo a CNN, os infectados já estão cientes e órgãos de outros 288 doadores vão passar por nova testagem no estado. A situação é inédita no Brasil, que realiza transplantes desde 1968. Em 2024, ultrapassou a marca de 14 mil procedimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) só no primeiro semestre.

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde afirma considerar o caso inadmissível. E que, além de tomar medidas para garantir a segurança dos transplantados, criou uma comissão multidisciplinar para acolher os pacientes afetados. O órgão está realizando um rastreio com a reavaliação de todas as amostras de sangue armazenadas dos doadores, a partir de dezembro.

Já o laboratório privado teve o serviço suspenso e foi interditado cautelarmente. Uma sindicância foi instaurada para identificar e punir os responsáveis.  Não serão divulgados detalhes das circunstâncias nem a identidade dos doadores ou transplantados envolvidos.

 

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