Mais de 100 alagoanos voltaram a receber tratamento oftalmológico no Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA). O retorno foi possível devido à atuação da Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL). O novo fluxo já está em funcionamento e deve permanecer até zerar a fila de demanda reprimida.
A aplicação intravítrea – injeção de medicamentos diretamente no olho do paciente, com o objetivo de conter doenças graves, como degeneração macular e retinopatia diabética – era um dos procedimentos mais judicializados na instituição. Em 48 horas, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) aumentou para 10 o número de aplicações.
Em 2023, o órgão conseguiu que a Sesau assumisse o serviço de forma administrativa, sem que os pacientes precisassem recorrer à Justiça. Entretanto, a grande procura fez com que o serviço se tornasse insuficiente ao longo de 2025. Em setembro, a lista de espera ultrapassou 100 pessoas.
“De maio para cá intensifiquei reuniões com a Sesau, inclusive com o secretário de Saúde, alertando para o risco de interrupção do serviço. Quando a lista ultrapassou 100 pessoas, avisei que iria judicializar todos os casos se não houvesse uma solução imediata”, explicou a defensora pública Manuela Carvalho de Menezes, coordenadora do Núcleo da Fazenda Pública.
Para a defensora, a conquista vai além dos números. “Cada paciente que deixa de esperar e começa o tratamento é uma vida com mais dignidade. Nosso papel é exatamente esse, o de transformar o direito à saúde em realidade”, ressaltou Menezes.
*Com informações da Defensoria Pública do Estado de Alagoas