O câncer gástrico, popularmente conhecido como câncer de estômago, é o quinto tipo que mais afeta homens e o sexto mais comum entre mulheres, no Brasil. As causas associadas à doença são hábitos alimentares, tabagismo, consumo excessivo de álcool e infecção pela bactéria H.pylori, considerada um dos principais fatores de risco. A predisposição genética também tem papel importante.
Anualmente, são estimados 21.480 novos casos, além de ser uma das principais causas de morte por câncer no país. A prevenção e o diagnóstico precoce são as principais armas no combate à doença. A principal ferramenta para detecção é a endoscopia digestiva alta, que permite visualizar o tumor e realizar a biópsia para confirmar o diagnóstico.
O procedimento pode ser complementado por tomografia e ultrassonografia endoscópica, que ajudam a definir o estadiamento e o tratamento mais adequado. O laudo anatomopatológico identifica o tipo de tumor presente no estômago. O mais frequente é o adenocarcinoma, que pode se apresentar nas formas intestinal, difusa ou mista.
Outras possibilidades incluem sarcoma, linfoma e tumor estromal gastrointestinal (GIST). O tratamento do câncer gástrico depende do estágio em que a doença é diagnosticada. A cirurgia continua sendo o principal recurso terapêutico, mas pode ser associada à quimioterapia, imunoterapia e, em casos específicos, radioterapia.
“A escolha do tratamento é feita de acordo com o estadiamento do tumor. Em alguns casos, a quimioterapia é realizada antes da cirurgia, chamada de neoadjuvante, em outros, antes e depois (perioperatória) ou apenas após o procedimento (adjuvante), com o objetivo de eliminar possíveis células remanescentes”, afirma cirurgião oncológico da Santa Casa de Maceió, Antônio Talvane.
A radioterapia, segundo o especialista, tem sido utilizada com menor frequência atualmente, em situações bem definidas. Após o tratamento, o seguimento do paciente é essencial para detectar precocemente possíveis recidivas. “Nos dois primeiros anos, o acompanhamento deve ser feito a cada três meses; do segundo ao quinto ano, a cada seis meses; e, após esse período, uma vez por ano”, detalha Talvane.
A H.pylori (Helicobacter pylori) é transmitida principalmente de pessoa para pessoa, pelo contato com saliva ou fezes contaminadas. A transmissão também pode acontecer pela ingestão de água ou alimentos contaminados, especialmente em locais com saneamento básico precário e má higiene pessoal.




























