Queridos Leitores,
Que Novembro venha com as melhores energias! Esse final de outubro foi meio que chocante, meio que um grito preso na garganta, não só da população do Rio mas de toda população de bem do Brasil, que explodiu, dando um pouco de esperança de que o Brasil não está largado às baratas!
Por isso que na matéria de hoje vou ser bem leve, contando de um passeio que fiz em Londres, e que praticamente tinha esquecido!
Em 2024, quando voltei do Brasil onde fui festejar meus 60 anos, tive uns pequenos aborrecimentos e um deles me deixou sufocada, nada sério, mas que me sufocou mesmo assim, então estava fazendo passeios para desanuviar… tinha ido no Kew Gardens e vi uma exposição bem legal que já falei aqui e esse foi outro passeio.
Aqui quando esquenta fica abafado, principalmente se está nublado sem sinal de chuva… é horrível, e esse dia estava assim, abafado, então, olhando o site do English Heritage vi essa casa que fica aqui em Londres, chamada Kenwood House, me aprontei, peguei minha câmera e fui.
Essa é uma antiga casa de fazenda e seus jardins e o parque ali perto eram a fazenda! Dentro da casa obras de pintores como Rembrandt, Vermeer, William Turner entre outros. A casa foi remodelada no século XVIII nos estilos Georgiano e Neoclássico. Em 1925 a casa e parte das terras foi comprada pelo 1º Conde de Iveagh, Edward Guiness, um anglo-irlandês, da familia Guiness da cerveja, e doou para a nação em 1927.
As pinturas e obras de arte faziam parte da coleção particular do Conde da cerveja preta, assim carinhosamente apelidado por mim! Rsrs … o cara não só deixou uma cervejaria mara, mas também uma casa com obras de artes de encher os olhos de quem as visita!
Aí, lá vou eu, sentindo-me um pouco abafada, com pensamentos turvos por mesquinharia de alguém e tomo esse choque de realidade de ver que, não importa o que digam, ou façam para destruir, a beleza sempre resiste!
Depois de ter feito o tour pela casa, comprei um sanduíche no café e sentei numa mesa do lado de fora olhando para o grande jardim. Senti meus pensamentos ficarem claros, fisicamente ainda estava me sentindo cansada da viagem, ou talvez seria do calor daqui. Não ia ter mais energia para andar nos jardins, então depois que comi, fui sentar na sombra de uma árvore e deixar os maus pensamentos flutuar e me sentir feliz de novo com as lembranças de um mês de julho inesquecível!
Fiquem com as fotos e a poesia desabafando minha mágoa!
Até a Próxima!
Aída
Quanto maior a subida,
Diz o dito popular,
Sem humildade na vida,
Maior a queda de lá!
Respeito se ganha,
E imposto não pode ser,
Uma luta medonha,
Entre ser e o querer!
Tem outro que fala da descida,
E como tudo se muda,
Acho que é ao contrário na vida,
Não pra descer que o santo ajuda!
Mas é a gravidade que o faz,
Pra não mencionar o capiroto,
O método mais eficaz,
Pra cima com o santo, e pro outro o esgoto!
Aída
06/09/24
Respostas de 7
Aida querida que belo passeio…um lugar tão rico em arte,com quadros de renomados pintores,parabéns por superar as injustiças da vida fazendo poesia e também pela coragem de fotografar tudo…vc é a própria revelação…e a cerveja preta …que chique este lugar onde tudo pode ser visto…até o teto, até o seu descanso no verde que traduz a liberdade…o melhor lugar!!!…parabéns pela poesia!!!
Parabéns pelas 125 matérias. E quanta arte concentrada num único lugar. Linda matéria.
Obrigada Martha! Principalmente por ter vindo aqui no seu aniversário me parabenizar! O aniversário é seu e eu quem ganhou seu presente! 🎁 Felicidades e muitas aventuras para você! 😘
Comentário recebido agorinha no WhatsApp de minha tia Diana:
“Adorei essa matéria. Quanta riqueza de arte e os diversos ambientes magníficos onde estão expostas. Não dá para acreditar que era uma casa de fazenda. Só para “ o rei da cerveja preta” mesmo. Muito linda.
O seu poema, muito bom, traduzindo bem seu estado de espírito. Mas, como sempre, vc se supera.
Como está você agora?… e vou levando a vida, driblando os entraves que me aparecem. Como você quando está “de saco cheio” , pega a sua máquina e vai se distrair. Continue assim, “linda, leve e solta”.
O day by day de cada um. Adorei a matéria, a poesia e sua maneira de encarar “ as intempéries” como o filme “ Cantando na chuva”. ( fui longe, esse filme não é do seu tempo, mas é famoso até hoje)
Você é um Phoenix.
A Phoenix.”
Brigada tia! Adoro ser vista como eu sou, principalmente por uma pessoa que me conhece desde antes eu nascer! 😘
Meu amigo Henrique Lessa escreveu:
‘Muito legal!!
Impressionante a casa do Conde da cerveja preta, bela opção para quem visita sua Londres!!
Poema perfeito, inclusive teologicamente falando, DEUS para o Alto e o inimigo para baixo!!!’
Obrigada meu amigo! Os problemas técnicos do site estão engolindo os comentários….
Uau, É muita beleza concentrada em um mesmo lugar. As fotos dos locais selecionados são deslumbrantes, encantadores e mágicos. Seu desabafo escrito na poesia citando ditados populares, mostram como eles são verdadeiros e são transmitidos lições de vida, de geração em geração. O texto de sua coluna levou-me a relembrar de duas músicas, mas escolhi essa que fala sobre *na sombra de uma árvore* é mais leve, como o seu texto,
https://youtu.be/a8AW8CgzSJw?si=s56sqjRADukCEq8d
Querido amigo Albino, muito obrigada por sempre estar por aqui me apoiando! Nessa caminhada de 125 matérias, você tem sido uma constante! Obrigada mesmo por tanto carinho… e adorei a música, fiz o story do Instagram com ela! Valeu! 😘