segunda-feira, 15 de setembro de 2025 – 17h38

Cerca de 26 pessoas foram demitidas por comemorarem morte de ativista conservador

Demissões ocorreram no Brasil, México e Estados Unidos após assassinato de Charlie Kirk
Foto: Reprodução/Portal97FM

Após declarações, que comemoravam nas redes sociais o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk, ocorrrido na quarta-feira (10), em evento na Universidade do Vale de Utah, nos Estados Unidos, cerca de 26 pessoas foram demitidas ou suspensas de suas funções. Quatro delas no Brasil, uma no México e as demais nos EUA. O levantamento foi feito pelo Portal Poder 360, baseado em entrevistas, reportagens e declarações públicas.

No Brasil, de acordo com a reportagem, foram demitidos ou desligados dos serviços

  • o neurocirurgião Ricardo Barbosa, que atuava na clínica Recife Day Clínic, em Recife. Em comentário no Instagram, o médico deu “um salve a este companheiro de mira impecável. Coluna cervical”, em referência ao tiro que levou à morte o influenciador norte-americano.
    -A Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) publicou uma nota de repúdio contra a postagem do médico. Já o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) informou a abertura de sindicância para investigar Barbosa.
    -Após a repercussão, o neurocirurgião pediu desculpas à família de Kirk e disse que houve distorção do conteúdo original. “Peço desculpas à família e registro que montagens e sobreposição de imagens distorceram o conteúdo original”, expressou em trecho da nota;

 

  • o colaborador cultural Pedro Guida, da Fundação Theatro Municipal de São Paulo, que trabalha na instituição pela Sustenidos Organização Social de Cultura, empresa terceirizada. Guida disse, na Rede X, que Kirk era neonazista e sua morte não deveria ser lamentada. “Vocês precisam parar de chorar por Charlie Kirk” e “Sionismo é o novo nazismo, representado por neonazistas como Charlie Kirk. Vergonha.”
    -A fundação se manifestou, por nota, em sua rede oficial, explicando que “A publicação tem um teor inapropriado e incompatível com os valores éticos, culturais e institucionais que orientam o trabalho da Fundação Theatro Municipal e seus equipamentos. A Fundação Theatro Municipal já está tomando as medidas legais cabíveis perante a Sustenidos Organização Social de Cultura e solicitou o desligamento do referido colaborador”, disse em trecho do comunicado;

 

  • o preparador físico Luís Otávio Kalil, sobrinho do ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil, da empresa de atividades esportivas Arena RM, em Belo Horizonte. Kalil chamou Kirk de “facista” e “genocida”, e disse ainda que “Já vai tarde”.
    -Em parte da nota, a empresa esclareceu que“Diante da gravidade do ocorrido, comunicamos que o profissional em questão foi desligado de forma definitiva das atividades na ARENA RM”;

 

  • o prestador de serviços Victor Oliveira de Moraes, da agência Volpe Mídia, em Belém. Moraes comentou que o deputado Nikolas Ferreira (PL/MG) estava na “lista” de pessoas que “precisam ser assassinadas”, fazendo um paralelo entre o deputado brasileiro e o ativista conservador norte-americano. “Existem pessoas que merecem morrer, existem pessoas que precisam ser assassinadas. Chupetinha, tu tá na lista!”, disse o prestador de serviços em referência a Nicolas Ferreira.
    -A  Volpe Mídia informou que o profissional foi desligado “imediatamente” das prestações de serviço e que as manifestações pessoais dele “não refletem, em hipótese alguma, a posição institucional” e ainda que “repudia e não compactua com qualquer ameaça, incitação à violência ou discurso de ódio”.

 

Charlie Kirk foi morto, alvejado com um tiro no pescoço, enquanto palestrava, na Universidade do Vale de Utah, durante o evento “American Comeback”. O encontro fazia parte do movimento Turning Point USA, liderado por ele. Influenciador de direita, reponsável pela mobilização de jovens conservadores em universidades do país, Kirk tinha 31 anos de idade, era casado e pai de dois filhos.

 

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