terça-feira, 23 de dezembro de 2025 – 16h57

Flávio Bolsonaro diz que foi ‘desconvidado’ para lançamento do SBT News

Candidato à Presidência da República conversou, com Léo Dias, sobre polêmica envolvendo emissora
Foto: Reprodução/LeoDiasTV

O candidato à Presidência da República, senador Flávio Bolsonaro (PL), disse, nesta segunda-feira (15), em entrevista ao apresentador Léo Dias, que recebeu um telefonema do SBT, pedindo que não comparecesse ao lançamento do SBT News. “Recebi um contato explicando que não queriam que esse antagonismo, Lula e Bolsonaro, prevalecesse nas manchetes”, afirmou. “Na hora fiquei chateado, mas depois vi o que aconteceu naquele evento”, completou.

Ao ser questionado por Léo Dias, no programa Jornal dos Famosos, sobre qual leitura fazia da cerimônia de lançamento do novo canal de jornalismo, o candidato respondeu que foi “palanque para político”. O evento contou com as presenças, entre outras autoridades, do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

“Virou um lugar para dar palanque para uma pessoa que, a pretexto de defender a democracia, está acabando com a democracia. Um discurso mentiroso, uma narrativa falsa. Um canal de TV quando é aberto não tem de ser palanque político para ninguém. Acabou virando um grande comitê político de um dos lados”, afirmou Flávio Bolsonaro, sem citar nomes diretamente.

A entrevista aconteceu em meio à polêmica envolvendo o cantor e compositor Zezé Di Camargo. O artista pediu à emissora, na madrugada desta segunda-feira, que não veiculasse o seu especial de Natal, por estar em franco desacordo com a nova fase jornalística do SBT, depois da cerimônia de lançamento do canal.

Ao ser questionado por Léo Dias, Flávio Bolsonaro respondeu que apertaria a mão do Lula se tivesse ido ao evento. Mas não cumprimentaria Alexandre de Moraes, a quem chamou de “algoz” de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. “Eu sou uma pessoa educada. Eu apertaria a mão do Lula, não tem problema nenhum. Mas não apertaria a mão do algoz do meu pai e de tantas pessoas que são perseguidas, por ele, de graça”, enfatizou. 

Quando se referiu à presença do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), no lançamento do canal, Flávio disse entender ser uma função institucional, mas criticou a normalidade do encontro. “Ele estava convidado numa condição de institucionalidade. Ele foi, usou da palavra dele. Mas me incomoda fingir que está tudo normal no Brasil. Aquela confraternização, como se nada tivesse acontecendo, como se o Bolsonaro não estivesse preso injustamente”, ressaltou.

O candidato justificou os aplausos de Tarcísio de Freitas à fala de Alexandre de Moraes durante o evento. “Quando eu vejo a cara do Tarcísio quando está aplaudindo, assim… está completamente desconfortável, não é um aplauso de afirmação, de concordância, é meio protocolar”, explicou. Ao ser perguntado, pelo apresentador, se ele próprio, Flávio, aplaudiria o ministro do STF, o senador disse que não.

“Eu não aplaudiria. Eu teria me levantado e ido embora se estivesse lá. Eu não ia ficar lá, ouvindo aquele monte de mentira e hipocrisia, de pessoas que, a pretexto de defender a democracia, estão esculhambando a democracia. Ele pode ficar, ele foi convidado, assim como eu havia sido convidado. Agora, não entendi porque deram palavra para ele”, arrematou.

O senador irá participar do Programa do Ratinho, no SBT, ainda hoje, às 22h. O candidato disse ter aceito o convite em prol do que chamou de “pacificação do país”. Ratinho confirmou, durante a entrevista de Flávio Bolsonaro a Léo Dias, que o convite estava mantido. A assessoria do SBT havia informado, ao jornal Metrópoles, que a ida do presidenciável não fazia parte da programação da emissora. 

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