Após 50 dias de fuga da Penitenciária Federal de Mossoró (RN), foram capturados Rogério Mendonça, conhecido como Querubim, e Deibson Nascimento, de apelido Tatu, na tarde desta quinta-feira (4), em Marabá, no Pará. Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em nota divulgada à imprensa, a prisão foi efetivada em ação conjunta de agentes da Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF).
A fuga do presídio federal, a primeira registrada no país, ocorreu na madrugada de quarta-feira (14 de fevereiro). De acordo com o portal G1, conforme a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Ceará (Ficco/CE), eles saíram de barco da cidade de Icapuí, a 201 quilômetros de Fortaleza, em 18 de março, e chegaram em 24 de março a Belém do Pará, capital do estado. No trajeto, atravessaram os estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão.
Ainda segundo o G1, um dos foragidos foi capturado pela PF, e outro, pela PRF. A operação de captura havia monitorado três veículos, que davam cobertura aos fugitivos, de acordo com dados da investigação. Seis pessoas foram presas nos três carros. A polícia acredita numa rede de apoio logístico para a efetivação da fuga e do deslocamento pelo país.
A prisão se dá seis dias após o encerramento da Força Nacional, que reuniu cerca de 500 agentes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Penal Federal, Força Nacional, Corpo de Bombeiros, além de policiais militares de cinco estados. A operação custou quase R$ 1,7 milhão aos cofres públicos, sem computar os gastos com a PF e PRF. Além do efetivo policial, a operação envolveu 20 carros da Força Nacional, drones, helicópteros e cães farejadores. A captura passou a se concentrar em “ações de inteligência”, segundo o MJSP.
Rogério da Silva Mendonça, 35, responde por mais de 50 processos e foi condenado a 74 anos de prisão. Deibson Cabral Nascimento tem o nome relacionado a mais de 30 processos, com condenação a 81 anos de prisão. Ambos são ligados à facção criminosa Comando Vermelho (CV). Eles estavam detidos no presídio de Mossoró (RN) desde setembro de 2023, após serem transferidos do presídio de segurança máxima Antônio Amaro, em Rio Branco (AC), por rebelião que resultou na morte de cinco detentos, três deles decapitados.
