O “jogo do tigrinho” tem criado sites, com endereços falsos, de páginas oficiais de universidades e institucionais de prefeituras e até do governo federal. A quantidade e ilegalidade têm preocupado especialistas pela ousadia e pelo risco aos usuários das plataformas. Em uma rápida pesquisa no Google, com as palavras-chave “jogo do tigrinho” surgem os sites, com endereços de páginas de organizações públicas, disponibilizando links de acesso à plataformas que trabalham como cassinos on-line.
A empresa responsável pela “Tiger Fortune” (jogo do tigrinho em inglês) é a PG Soft, localizada na ilha de Malta, arquipélago europeu. Os jogos de azar e caça-níqueis são alvos recentes de operações deflagradas nos estados de São Paulo e Alagoas. O jogo do tigrinho, como é conhecido no Brasil, é um cassino online, onde o usuário deposita dinheiro para participar. Além do prejuízo financeiro, a saúde mental de quem joga também é causa de preocupação para os especialistas.
“A expectativa de ganho rápido mexe com neurotransmissores como dopamina, que está relacionada ao prazer e faz ser viciante. O jogo devolve um pouco de dinheiro para manter o jogador ativo, porque o interesse diminui rápido se ele apenas perder”, pontua Ariel Lipman, médico psiquiatra, em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo.
São dezenas de sites com endereço falso, entre eles, um que se apresenta como oficial do Fortuna Tiger, denominado Betnacional. Entre as páginas falsificadas então as da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), da Escola de Governo, de Tocantins, da Prova Extramuros, do site Conexão da Universidade Federal do Rio de Janeiro, do Governo Federal, da Câmara Municipal de Piên, da prefeitura de Ouro Verde do Oeste, da escola CEMI Cruzeiro, instituição educacional da Rede Pública do Distrito Federal e da universidade particular Unioeste.
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