O tradicional desfile de 7 de Setembro, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), apresentou, em 2025, um cenário diferente do ano anterior. Nenhum ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) compareceu ao evento. A ausência foi notada pelos olhares mais atentos à tribuna de honra. É prática comum a presença de representantes dos Três Poderes na apresentação cívico-militar.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, após a revista da tropa, a bordo do emblemático Rolls Royce, ao lado da primeira-dama, Rosângela da Silva, esteve acompanhado do vice-presidente, Geraldo Alckmin, de Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, e 30 ministros de Estado. Não compareceram o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; da Agricultura, Carlos Fávaro; e do Trabalho, Luiz Marinho.
Em 2024, entre os representantes do STF, estiveram presentes o presidente da Corte, o ministro Luís Roberto Barroso, que se encontra na França em viagem oficial, e os ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Edson Fachin. Este ano, o desfile ocorre em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de mais sete réus. Além da ausência dos magistrados, também foi sentida a falta do presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre.
Com o tema central “Brasil Soberano”, o desfile foi dividido nos eixos temáticos “Brasil dos Brasileiros”, “COP 30”, “Novo PAC” e “Brasil do Futuro”. O evento teve início às 9h e se encerrou por volta das 11h30. A liberação do público aconteceu às 6h30. O desfile contou com a apresentação da Esquadrilha da Fumaça e da “pirâmide humana”, do Batalhão de Polícia do Exército de Brasília.
De acordo com dados oficiais, compareceram, à Esplanada dos Ministérios, 45 mil pessoas, entre estudantes de escolas públicas e servidores públicos, que compuseram as arquibancadas da solenidade. Gritos de “sem anistia” foram entoados pelo público. A segurança foi reforçada, com um esquema especial da Polícia Militar e monitoramento da área por drones.
Veja análise do desfile no ano anterior: Os ‘7 de Setembro’ de 2024
