terça-feira, 23 de dezembro de 2025 – 17h02

Operação da PF investiga deputados do PL sobre desvio de cotas parlamentares

Dinheiro vivo foi achado em endereço usado por Sóstenes Cavalcante, líder do partido na Câmara
Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal (PL) deflagrou, nesta sexta-feira (19), a Operação Galho Fraco para aprofundar as investigações de desvio de recursos públicos, provenientes de cotas parlamentares. A ação cumpre sete mandados de busca e apreensão, expedidos pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), no Distrito Federal e no estado do Rio de Janeiro.

Dois deputados federais do Partido Liberal (PL) são alvos da Galho Fraco, Carlos Jordy e Sóstenes Cavalcante, ambos pelo Rio de Janeiro. Jordy se manifestou sobre a operação no Instagram.  “Hoje, no aniversário da minha filha, a PF fez busca e apreensão novamente na minha casa por determinação de Flávio Dino. Perseguição implacável!”, escreveu. 

Segundo o deputado, a alegação é de que ele teria desviado recursos de cota parlamentar para uma empresa, que atuaria de fachada com alugueis de carros. Ele afirmou usar os serviços do empreendimento desde o seu primeiro mandato. 

Já em relação a Cavalcante, que é líder do PL na Câmara dos Deputados, os agentes encontraram cerca de R$ 400 mil, em dinheiro vivo, num flat utilizado pelo parlamentar, em Brasília (DF). Ainda não foi tornada pública a origem do dinheiro. Na rede X, o deputado não se manifestou a respeito da operação. “O Brasil precisa saber é quem é o filho do rapaz…”, observou o parlamentar, há cerca de 1 hora, em seu perfil  na rede social X. 

A declaração foi feita em alusão à frase, que teria sido dita pela empresária Roberta Moreira Luchsinger, supostamente em referência a Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Luchsinger foi alvo de busca e apreensão, na quinta-feira (18), em nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga fraudes em pensões e aposentadorias do INSS.

De acordo com as investigações da Galho Fraco, agentes políticos, servidores comissionados e particulares teriam atuado de forma coordenada para o desvio e a posterior ocultação de verba pública. Segundo a PF, a ação é desdobramento da Operação Rent a Car, deflagrada em dezembro de 2024, que apura os crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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