Com Fé e Sem Julgamentos

Queridos Leitores,

Hoje vou voltar para Outubro de 2013 quando fui para Barcelona visitar minha amiga Adriana Jucá! Tínhamos sido colegas de classe no Sacramento e desde que saímos de lá, nossas vidas tinham tomado rumos diferentes. Tínhamos nos reencontrado nas redes sociais e finalmente iríamos nos ver em pessoa, depois de eu ter me convidado para ficar na casa dela (com minha cara-de-pau) e ela me receber por livre e espontânea ‘pressão’…. Rsrs… estou brincando, melhor anfitriã eu não poderia ter tido!

Segui suas instruções e do aeroporto peguei um ônibus e desci na Praça de Catalunha, uma bela praça onde já me fez ficar encantada com Barcelona. Avisei-a que estava lá e quando nos encontramos foi emocionante, um abraço delicioso, sorrisos abertos e eu me senti adolescente de novo, sim, esse é o poder de encontrar amigos da adolescência, eu volto no tempo!

Ela já tinha terminado de trabalhar, fomos comer num self service que ela gostava, pois tinha que voltar pra pequena cidade onde morava para buscar seu filho, Iker, na escola. Quando chegamos na casa dela, ela parecia que tinha endoidado…rsrs… terminou o que tinha deixado para limpar, organizou o jantar e quando seu marido, Jesus (pronuncia Resus) e sua enteada chegaram fomos direto jantar. Pensei comigo: Adriana tem legitimidade de chamar Jesus a toda hora! Ou mesmo dizer: meu Jesus, e ser mesmo o Jesus dela! O Jesus da Adriana é um homem calmo e simpático e que forma um par perfeito para ela!

No outro dia de manhã, Adriana acorda com o motor ligado, e depois de aprontar o Iker para  a escola, já deixa parte da casa limpa para poder fazer outras coisas de tarde. Depois de deixarmos o Iker na escola fomos para o trabalho dela e tomamos café por lá. Para mim era só continuação do turismo. Ela trabalha no Centro Cultural do Brasil em Barcelona, que faz parte do consulado, e o mais incrível ainda é onde este centro está, na Casa Amatller, vizinha da Casa Batlo de Gaudi, mas ela é encantadora com seu estilo neo gótico com influencias nórdicas. Foi a casa do chocolateiro Amatller e também sua fábrica. Nessa época o térreo estava sendo reformado. Pegamos um elevador do século XIX, todo em madeira, uma verdadeira relíquia.

Adriana me mostrou tudo ali no seu trabalho, tudo que ela organizou e como o centro agora funcionava. Ela abriu a janela da frente e pude tirar fotos da Casa Batlo. Ela me deu a senha do wifi que funcionava muito bem, pois o da casa Batlo era aberto e não se conseguia fazer nada com ele… rsrs… exclusividade! Depois do café e muitas fotos saí pela cidade, andando e fotografando. Nessa avenida onde tem a Casa Batlo, é a avenida dos milionários do século XIX que gostavam de mostrar seu poder através de casas ‘excêntricas’ mas que hoje fazem dessa avenida um lugar encantador! Saí dela e fui entrando em ruas menos movimentadas e fui parar na Sagrada Família, onde enfrentei uma fila de umas 3 horas para poder entrar, e isso porque cheguei bem cedo… encarei a fila como uma peregrinação antes de entrar naquela belíssima igreja! A Fé não só move montanhas, mas constrói igrejas e almas!

No outro dia depois do café no escritório de Adriana peguei um ônibus e fui para o Parque Guell, que eu me dou a ousadia de descrevê-lo como ‘O mundo mágico de Gaudi!’ Porque ali eu estava sendo testemunha de um mundo paralelo. Ná época estava tendo uma polêmica pois começaram a cobrar ingresso para entrar no parque, mas acredito que foi uma decisão justa pois para manter o parque tem que ter muito dinheiro! Realmente essas obras de Gaudi são indescritíveis!

No outro dia fui caminhar nas Las Ramblas. Essa é uma rua famosa em Barcelona, onde o rio passa por baixo e suas margens foram unidas desde a praça  de Catalunha até o monumento de Cristovão Colombo. Tentei caminhar até a praia, mas já estava muito cansada. Comprei uns souvenires e depois que jantei voltei para casa. No dia da volta não sai com Adriana logo cedo pois queria ir direto para o aeroporto então resolvi dar um rolê na cidade onde ela mora!

Eu fiquei com uma impressão maravilhosa de Barcelona porque eu tive a sorte de ter Adriana me contando a história da cidade e junto com ela sua própria história de vida nela. Vi que ela tem o mesmo amor por Barcelona como o meu por Londres. Foram cidades que nos abraçaram e deixaram a gente escrever nossa vida sem julgamentos!

Fiquem com as fotos e a poesia!

Até a Próxima!

Aída

Sonhos são frágeis,
Sonhos são coloridos,
Sonhos são memoráveis,
Sonhos são de espírito evoluído!

Sonhar é viver,
É ter objetivo,
É um renascer,
É a certeza de ter sobrevivido…

Sonhar é só um suspiro,
E não se sonha em vão,
Que tudo transforma com um giro,
Como uma linda bola de sabão!

Aída
17/01/23

PS: Essa foto tirada no parque em frente a Sagrada Família, fez parte de minha exposição Poesia Visual e está à venda! Voce pode checar na matéria ‘Poesia Visual‘ de 14/09/24