As pedras nos rins são mais frequentes em homens, mas o número de casos vem crescendo entre mulheres, especialmente pela associação com fatores metabólicos, como obesidade e sedentarismo. Denominado nefrolitíase, o cálculo renal é uma formação sólida que se origina predominantemente nos rins, mas podem migrar para o trato urinário, incluindo ureteres, bexiga e uretra.
De acordo com a nefrologista da Santa Casa de Maceió, Daniella Duarte, essas formações surgem a partir de um desequilíbrio entre substâncias que favorecem a cristalização e outras que inibem esse processo. “É uma condição recorrente. Quem já teve cálculo tem cerca de 50% de chance de formar novos cálculos em até dez anos. Por isso, é essencial o acompanhamento médico para reduzir riscos e preservar a saúde renal”, explica Duarte.
Sintomas e diagnóstico
Em muitos casos, as pedras podem estar presentes sem causar sintomas, sendo descobertas em exames de rotina. O problema surge quando ocorre a migração do cálculo pelo sistema urinário, gerando a chamada cólica renal, caracterizada por dor aguda, na região lombar, que pode irradiar para abdômen, região inguinal e órgão genitais.
O diagnóstico é feito pela história clínica e confirmado por exames de imagem. A tomografia computadorizada sem contraste é considerada o padrão-ouro em casos de crise, enquanto exames como ultrassonografia e radiografia podem auxiliar no acompanhamento.
Prevenção
A hidratação é um dos principais aliados na prevenção. A ingestão adequada de líquidos, suficiente para manter uma diurese diária superior a dois litros, ajuda a evitar que a urina fique concentrada e, consequentemente, forme os cálculos. A especialista orienta evitar o consumo excessivo de sal, proteínas animais e dietas muito ricas em suplementos, sem indicação médica.
Tratamento e acompanhamento
O tratamento varia de acordo com o tamanho e a localização do cálculo. Crises de cólica renal podem ser controladas com medicação para dor, mas cálculos maiores podem exigir intervenções da urologia, como ureteroscopia, ou até mesmo cirurgia. Quando necessário, o tratamento utiliza medicamentos para redução da excreção de substâncias, que favorecem a formação.
Possíveis complicações
Quando não tratados, os cálculos renais podem obstruir o trato urinário e favorecer infecções graves, como a pielonefrite, o que pode causar cicatrizes e comprometer a função dos rins. É necessário verificar a cor da urina. Ela deve estar bem clara, quase transparente. Se a urina estiver amarelada, é sinal que mais água deve ser ingerida.





























