A Academia Alagoana de Letras (AAL) completa 105 anos de existência. A Casa maior da literatura de Alagoas vai contar a sua história no documentário “Pensando a Arte no Tempo”, realizado pelas Organizações Arnon de Mello, com depoimentos de seus sócios efetivos. O filme será lançado em noite de gala, na quarta-feira (6 de novembro), às 19h30, no Teatro Deodoro, no Centro de Maceió. Aberto ao público, com entrada franca, o evento traz uma programação especial para homenagear a entidade e atualizar os nomes que ocuparam as suas 40 cadeiras ao longo do tempo.
O presidente da AAL, Rostand Lanverly, declarou a importância da instituição ao convidar o público para as comemorações. “Celebrar é mais do que apenas marcar uma data ou reunir pessoas. É dar significado aos momentos, reconhecer vitórias, pequenas e grandes, e valorizar o que é importante. No dia 6 de novembro, estaremos celebrando a criação da Academia Alagoana de Letras”, destacou.
Além do documentário, o evento contará com coquetel, lançamento de livros, homenagens e poucas falas sucintas. “Aos 105 anos, a instituição ergue-se como uma estrela que brilha no céu de Alagoas, carregando no ventre de sua história a alma de um povo literário. Cem anos, cem anos e mais cinco, escrevendo páginas de sabedoria, como o vento que sopra sobre as lagoas, onde os poetas encontraram abrigo, e os escritores criaram seus textos”, exaltou Lanverly.
Nos dias 9 e 10 de novembro, às 21h, episódios inéditos do filme serão veiculados pela Gazeta News e Gazetaweb.com. O projeto recebeu apoio cultural da empresa Sococo e da editora Querida Prudência.
Revista digital
Como parte das comemorações pelos 105 anos da instituição, a Academia Alagoana de Letras lançou a revista digital Letrarte – Arte, Crítica, Cultura e Literatura, na sexta-feira (27). A publicação foi idealizada e concebida pelo membro da Cadeira nº 9 da AAL, o escritor, crítico de arte e artista plástico, Benedito Ramos. A revista está disponível no TikTok, no perfil benedito.ramos64.
O primeiro número traz informações sobre os 105 anos de fundação da AAL, além de textos de Alfredo Gazzaneo Brandão, Yarandir Sarmento, Tito de Barros e Carlos Méro. Uma página especial de cinema, com apresentação de Eliana Cavalcanti, traça a biografia e a trajetória profissional da bailarina norte-americana, Isadora Duncan. O editorial foi apresentado por Rostand Lanverly.
AAL
A Academia Alagoana de Letras foi fundada em 1º de novembro de 1919, no Salão Nobre do Teatro Deodoro, palco que, mais uma vez, recebe a instituição para homenagear e reconhecer a sua história, cultura e trajetória em Alagoas. A ideia da criação foi do historiador Moreno Sampaio, em 1910. Em 1919, começou a tomar corpo com o incentivo de Jayme de Altavilla e Arthur Accioly. A assembleia de fundação recebeu assinaturas de 34 membros, dos quais, 21 participaram pessoalmente, e 13 foram representados.
A instituição funcionou, inicialmente, no Teatro de Deodoro. Ao longo do século XX, sua sede foi estabelecida no Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGA). Em 1970, o governador Lamenha Filho desapropriou o prédio, onde funcionava a Escola Dom Pedro II, no Largo do Deodoro, e doou para a instituição. Desde os anos 2000, a AAL funciona na Casa Jorge de Lima, na praça Sinimbu, no Centro de Maceió.