A vacina conta a Covid-19, produzida pela gigante farmacêutica AstraZeneca, deixará de ser utilizada em todo o mundo. A empresa pediu à União Europeia, em 5 de março, a retirada da “autorização de introdução no mercado” do imunizante Vaxzevria. A solicitação foi acatada nessa terça-feira (7). A empresa alega que a decisão foi tomada por razões comerciais pelo excedente de vacinas disponíveis para variantes da Sars-CoV-2. As informações são do jornal britânico The Telegraph.
A Vaxzevria já não pode ser aplicada na Europa e sairá do mercado mundial. A retirada do imunizante vem alguns meses depois de a farmacêutica ser alvo de ação multimilionária coletiva de 51 famílias na Inglaterra, com pedido de indenização de 100 milhões de libras (cerca de 650 milhões de reais). A AstraZeneca admitiu à Corte Judicial inglesa que sua vacina contra a Covid-19 pode causar “efeito colateral raro”, associado à Síndrome de Trombose com Trombocitopenia (TTS), que provoca coágulos sanguíneos e baixa contagem de plaquetas.
De acordo com o The Telegraph, a companhia insistiu que a decisão de retirar a vacina não está ligada ao processo judicial ou à admissão da ocorrência de TTS. A relação entre o processo nos Tribunais Superiores e o fim da utilização da Vaxzevria teria ocorrido coincidentemente. Em comunicado, disponível no periódico, a empresa diz que “os nossos esforços foram reconhecidos por governos de todo o mundo e são amplamente considerados como uma componente crítica para acabar com a pandemia global.”
No Brasil, a vacina foi produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Cerca de 153 milhões de pessoas foram vacinadas no país, com o imunizante AZ. Em nota divulgada pelo Ministério da Saúde, em abril de 2023, o órgão disse que as vacinas ofertadas à população seriam “seguras e eficazes”. Elas foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo o comunicado, teriam sido aplicadas mais de oito milhões de doses bivalentes do imunizante.





























