O conselheiro médico da Casa Branca, durante os governos Trump e Biden, Dr. Anthony Fauci, admitiu que as regras de distanciamento social e o uso de máscaras por crianças foram invenções suas, sem que tivessem base científica. Em audiência fechada no Subcomitê Selecionado da Câmara sobre a Pandemia do Coronavírus, no início deste ano, o médico disse que não se lembrava de evidências científicas que sustentassem as determinações preventivas da Covid-19. As transcrições da conversa foram publicadas no jornal britânico Daily Mail, após divulgação por membros do Partido Republicano.
As falas do ex-diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas vieram à tona antes do depoimento público realizado, na segunda-feira (4), no Congresso americano. Fauci disse que a regra de distanciamento “meio que simplesmente apareceu”. “Parecia que um metro e meio seria a distância”, explicou. O médico confirmou ainda que não tinha conhecimento de pesquisas que corroborassem a medida e que estudos dessa natureza “seriam muito difíceis” de realizar. Ele também não se lembrava como surgiu a decisão. “Sabe, não me lembro. Simplesmente apareceu”.
Quando questionado se recordava de ter “revisado algum estudo ou dado que apoiasse o uso de máscaras em crianças”, respondeu que “talvez sim”. Acrescentou, no entanto, que não se lembrava “especificamente disso”. O médico admitiu ainda que não acompanhou qualquer trabalho sobre os efeitos nas crianças, com a medida adotada em muitos países. O jornal tratou de um estudo realizado pelo Instituto Nacional de Saúde (NIH), centros de pesquisas norte-americanos, que classificou como “muito negativo” o impacto das máscaras no processo de alfabetização e aprendizagem do público infantil.
Na audiência contenciosa da última segunda-feira, os congressistas questionaram se Fauci estava envolvido no encobrimento das origens da pandemia e se teria feito esforços para influenciar as conclusões científicas sobre o vírus. Fauci negou as acusações como “simplesmente absurdas” e “seriamente distorcidas”. O médico alega que as medidas preventivas foram tomadas para conter a propagação da doença no mundo.





























