quinta-feira, 6 de novembro de 2025 – 05h29

Olimpíadas: COI autoriza duas boxeadoras transgêneros a participar da categoria feminina

Atletas haviam sido excluídas do campeonato mundial em 2023 por não cumprirem regras de elegibilidade
Disputa entre Khelif e Angela Carini no peso meio-médio, será na quinta-feira (1ºde agosto) - Foto: Captura de Vídeo

O Comitê Olímpico Internacional (COI) autorizou, na terça-feira (30), as atletas transgêneros de boxe, Imane Khelif, da Argélia, da categoria 66 kg, e Lin Yu-ting, de Taiwan, da categoria 57 kg, a competir nas Olimpíadas de Paris. As duas boxeadoras haviam sido desqualificadas nos testes de elegibilidade de gênero e de níveis de testosterona no campeonato mundial do ano passado.

Em 2023, durante a competição mundial em Nova Deli, na Índia, sob supervisão da Associação Internacional de Boxe (IBA, sigla em inglês), as atletas tiveram de deixar a disputa após a associação informar que as boxeadoras não haviam cumprido os requisitos de elegibilidade exigidos. Imane Khelif disputava a medalha de ouro, e Lin Yu-ting, a de bronze.

Durante o torneio mundial, o presidente da IBA, Umar Kremlev, informou que os corpos de ambas as competidoras continham cromossomos XY. A decisão de excluir as boxeadoras havia sido tomada “após uma revisão abrangente e que tinha como objetivo manter a qualidade imparcialidade e a integridade da competição”, esclareceu a associação.

O COI tinha decidido excluir a IBA dos Torneios de Qualificação de Boxe Olímpico e da Competição de Boxe nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, já em 2022. O gerenciamento da categoria está sob responsabilidade da Unidade de Boxe Paris 2024 (PBU, sigla em inglês), criada pelo Conselho Executivo do COI para este fim. A PBU possui regras “mais flexíveis”. No entanto, o próprio site MyInfo, do COI, reconhece que ambas as boxeadoras falharam nos testes de gênero no ano passado.

“A PBU usou as regras de boxe de Tóquio 2020 (aplicadas nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 e nos torneios de qualificação relacionados) como base para desenvolver seus regulamentos. Essas regras descendem das regras do Rio 2016. A PBU se esforçou para restringir as emendas para minimizar o impacto na preparação dos atletas e garantir a consistência entre os Jogos Olímpicos”, declarou o COI.

Imane Khelif irá representar a Argélia pela segunda vez consecutiva em uma Olimpíadas. Seu cartel de lutas amadoras consiste em nove vitórias e cinco derrotas. Ela enfrentará Angela Carini, no peso meio-médio, na quinta-feira (1º de agosto).

Lin Yu-Ting possui uma carreira mais consolidada no boxe amador. Seu cartel é de 19 vitórias e cinco derrotas. A atleta enfrentará Marcelat Sakobi ou Sitora Turdibekova, no peso pena, na sexta-feira (2).


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