O Acidente Vascular Cerebral (AVC) permanece como uma das maiores preocupações de saúde pública no Brasil. Dados da consultoria especializada em gestão de saúde e custos hospitalares, Planisa, indicam que, a cada 6,5 minutos, uma pessoa morre em razão da doença no Brasil.
Ao lado do infarto, o AVC integra o grupo das doenças cardiovasculares, responsáveis por cerca de 30% das mortes anuais, segundo o Ministério da Saúde. A condição pode se manifestar de forma isquêmica ou hemorrágica, exigindo diagnóstico rápido e tratamento específico.
Nos quadros isquêmicos, quando há obstrução de um vaso sanguíneo, podem ser administrados trombolíticos, medicamentos que dissolvem o coágulo. Em situações mais complexas, é necessário um procedimento endovascular, realizado pela neurorradiologia, para remoção do trombo. Já o AVC hemorrágico, caracterizado pelo rompimento de uma artéria no cérebro, demanda ainda mais agilidade no atendimento.
Em ambos os tipos, a doença atinge com maior frequência pessoas do sexo masculino. A tomografia computadorizada de crânio é o exame mais utilizado na avaliação inicial, permitindo identificar sinais precoces de isquemia e orientar a conduta médica. Outros exames, como angiotomografia e ressonância magnética, também auxiliam na definição do tratamento mais adequado.
Fatores de risco
De acordo com o Ministério da Saúde, os principais fatores de risco incluem:
Hipertensão arterial
Diabetes tipo 2
Colesterol alto
Sobrepeso e obesidade
Tabagismo
Uso excessivo de álcool
Sedentarismo
Uso de drogas ilícitas
Idade avançada
Histórico familiar
Atendimento especializado em Alagoas
Em Alagoas, o atendimento especializado é oferecido pela Santa Casa de Maceió. Segundo o coordenador do Serviço de Neurologia e Neurocirurgia da instituição, Aldo Calaça, a gravidade da doença ainda é elevada.
“O AVC apresenta uma mortalidade significativa. Por isso, trabalhamos com uma linha de cuidado que começa no diagnóstico imediato e segue até o acompanhamento após o tratamento”, destaca Calaça.
A unidade conta com equipes da Urgência, Clínica Médica, UTI, Enfermarias, Cirurgia, Anestesia e Terapia Intensiva, atuando de forma interdisciplinar para garantir assistência integral desde a chegada do paciente até o pós-operatório.
Prevenção ainda é o melhor caminho
Além do tratamento rápido, especialistas reforçam que a prevenção continua sendo a estratégia mais eficaz para reduzir novos casos. Medidas como acompanhamento cardiológico regular, controle da pressão arterial e da diabetes, alimentação equilibrada, prática de atividades físicas e manejo do estresse são fundamentais para proteger o cérebro e o coração.
*Com informações da Santa Casa de Misericórdia e da Agência Brasil




























