terça-feira, 23 de dezembro de 2025 – 16h51

A cada 6,5 minutos uma pessoa morre em razão de AVC no Brasil

Dados indicam que condição neurológica atingem mais pessoas do sexo maisculino
Foto: Reprodução

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) permanece como uma das maiores preocupações de saúde pública no Brasil. Dados da consultoria especializada em gestão de saúde e custos hospitalares, Planisa, indicam que, a cada 6,5 minutos, uma pessoa morre em razão da doença no Brasil.

Ao lado do infarto, o AVC integra o grupo das doenças cardiovasculares, responsáveis por cerca de 30% das mortes anuais, segundo o Ministério da Saúde. A condição pode se manifestar de forma isquêmica ou hemorrágica, exigindo diagnóstico rápido e tratamento específico.

Nos quadros isquêmicos, quando há obstrução de um vaso sanguíneo, podem ser administrados trombolíticos, medicamentos que dissolvem o coágulo. Em situações mais complexas, é necessário um procedimento endovascular, realizado pela neurorradiologia, para remoção do trombo. Já o AVC hemorrágico, caracterizado pelo rompimento de uma artéria no cérebro, demanda ainda mais agilidade no atendimento.

Em ambos os tipos, a doença atinge com maior frequência pessoas do sexo masculino. A tomografia computadorizada de crânio é o exame mais utilizado na avaliação inicial, permitindo identificar sinais precoces de isquemia e orientar a conduta médica. Outros exames, como angiotomografia e ressonância magnética, também auxiliam na definição do tratamento mais adequado.

Fatores de risco

De acordo com o Ministério da Saúde, os principais fatores de risco incluem:

  • Hipertensão arterial


  • Diabetes tipo 2


  • Colesterol alto


  • Sobrepeso e obesidade


  • Tabagismo


  • Uso excessivo de álcool


  • Sedentarismo


  • Uso de drogas ilícitas


  • Idade avançada


  • Histórico familiar


Atendimento especializado em Alagoas

Em Alagoas, o atendimento especializado é oferecido pela Santa Casa de Maceió. Segundo o coordenador do Serviço de Neurologia e Neurocirurgia da instituição, Aldo Calaça, a gravidade da doença ainda é elevada.

“O AVC apresenta uma mortalidade significativa. Por isso, trabalhamos com uma linha de cuidado que começa no diagnóstico imediato e segue até o acompanhamento após o tratamento”, destaca Calaça.

A unidade conta com equipes da Urgência, Clínica Médica, UTI, Enfermarias, Cirurgia, Anestesia e Terapia Intensiva, atuando de forma interdisciplinar para garantir assistência integral desde a chegada do paciente até o pós-operatório.

Prevenção ainda é o melhor caminho

Além do tratamento rápido, especialistas reforçam que a prevenção continua sendo a estratégia mais eficaz para reduzir novos casos. Medidas como acompanhamento cardiológico regular, controle da pressão arterial e da diabetes, alimentação equilibrada, prática de atividades físicas e manejo do estresse são fundamentais para proteger o cérebro e o coração.

*Com informações da Santa Casa de Misericórdia e da Agência Brasil

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