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quarta-feira, 15 de janeiro de 2025 – 21h45

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Alagoas não poderá enviar gado vacinado aos estados livres de febre aftosa sem vacinação

Medida deve entrar em vigor em 2 de maio e pode afetar agronegócio alagoano
Foto: LulaCastelloBranco
Foto: LulaCastelloBranco

O agronegócio alagoano pode sofrer um impacto negativo a partir de 2 de maio. O estado de Alagoas não poderá enviar gado – bovino e bubalino -, vacinado contra febre aftosa, aos estados listados na Portaria nº 665/2024, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A publicação incluiu 16 estados, mais o Distrito Federal, que não poderão receber ou incorporar animais vindos das unidades da federação que estão livres da febre aftosa, mas mantém a vacinação. A barreira sanitária inclui Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, na região Nordeste.

Os bovinos e bubalinos, oriundos de Alagoas, só poderão adentrar nos estados de Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, São Paulo, Sergipe, Tocantins e no Distrito Federal, quando destinados diretamente ao abate ou à exportação, e por locais autorizados pelos serviços veterinários oficiais. O trânsito dos animais para outras unidades não listadas na portaria, mas que passe pelo estados citados acima, deverá ser realizado por rotas previamente estabelecidas.

Segundo o deputado estadual Cabo Bebeto (PL-AL), em sessão parlamentar, na quinta-feira (11), a barreira sanitária é um “grande nocaute”. “Temos várias feiras de animais, mas vou destacar apenas três para que vocês entendam o prejuízo que se aproxima: a Feira do Gado de Dois Riachos, que movimenta por semana 1.500 animais; a Feira do Gado de Canafístula, que movimenta por semana 600 bovinos; a Feira do Gado de Campo Grande, que movimenta por semana 900 bovinos, dando uma média de três mil animais por semana, 12 mil por mês, 144 mil animais por ano”, disse.

O parlamentar lembrou a auditoria do Mapa, realizada no mês de agosto de 2023, que avaliou negativamente a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal). “A auditoria analisou, levando em conta o nível de avanço obtido em cada item avaliado, sendo que os níveis de avanço variam de 1 a 5, onde o nível 1 representa uma condição crítica e o 5, uma condição de excelência. A Adeal obteve nota 2.1”, explicou. Eram necessários 3.4 pontos para a suspensão da vacina contra febre aftosa no estado.  Para ele, Alagoas se encontra nessa situação por alta rotatividade de profissionais, falta de investimento e estrutura física, ausência de planejamento e acompanhamento das atividades técnicas.

O governador Paulo Dantas esteve reunido com o diretor da Adeal, na quarta-feira (27 de março), para iniciar ações que incluam Alagoas nas metas previstas pelo MAPA. Paulo Dantas disse que o Estado disponibilizará um orçamento de R$ 3,5 milhões, para executar as ações de contratação emergencial de servidores, reestruturação da carreira dos servidores da Adeal, realização de concurso público para a agência, melhorias e modernização dos postos fiscais.

*Com informações da Agência Alagoas e da Assembleia Legislativa de Alagoas

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