segunda-feira, 17 de novembro de 2025 – 00h09

Quatro lojas incendiadas deixam parte interna da antiga Ceasa sem energia elétrica

Foto: Lula Castello Branco / Agência NC
Defesa Civil Municipal avalia estrutura das lojas atingidas por incêndio na madrugada de sexta-feira (8) Fotos: Lula Castello Branco / Agência NC

O incêndio que atingiu quatro lojas de eletroeletrônicos, na antiga Central de Abastecimento (Ceasa), no bairro da Levada, danificou a rede elétrica do local e deixou a parte interna da edificação sem energia. Duas lojas foram completamente destruídas pelo fogo, e as outras duas tiveram o forro e os produtos estocados no sótão atingidos. O prédio, sem conservação desde a desativação da antiga central, em 2006, abriga os lojistas, que anteriormente comercializavam na feira do passarinho.

A combustão começou em uma das lojas, na madrugada desta sexta-feira (8), por volta das 4h da manhã. O Corpo de Bombeiros Militar (CBM) foi acionado, e o fogo passou a ser contido. Não houve feridos no incêndio. O Notícia do Centro entrou em contato com o CBM para saber se o órgão já teria uma análise das causas do acidente, mas ninguém atendeu ao contato telefônico disponível no site do órgão. A estrutura, que a princípio passaria por reforma, com um novo projeto arquitetônico, quando da chegada dos feirantes, em 2009, não recebeu melhorias. 

De acordo com a nota divulgada pela Secretaria Municipal de Abastecimento, Pesca e Agricultura (Semapa), até o fechamento da matéria, o órgão está avaliando quais medidas poderão ser tomadas (segue nota na íntegra abaixo). Conforme a última informação passada pela assessoria, a energia elétrica “já está sendo restabelecida com a equatorial e os eletricistas da manutenção da Semapa”. 

Foto; Lula Castello Branco / Agência NC
Prédio da antiga CEASA foi destinado a comerciantes da antiga feira do passarinho

Segundo a agente operacional Audry Feitosa, da Defesa Civil do Município, não existe risco  de desabamento da edificação. No momento, não há como mensurar o perigo de queda do teto de uma das lojas, pressionado devido ao peso dos produtos estocados no sótão e da água lançada pela equipe do CBM para contenção do fogo. A Defesa Civil isolou a área. “Como a gente não consegue mensurar, é importante que nem ele [o dono], nem ninguém adentre o local, por isso a gente isolou. [O sótão] está pesado por causa da mercadoria e da água”, explicou a agente. 

Os lojistas pagam taxa de localização, fornecimento de energia elétrica e vigilância particular. Eles aguardam melhorias estruturais e urbanísticas no local. Os prejuízos ainda vão ser contabilizados pelos comerciantes. “Pagamos energia e taxa. É um acidente que estava sendo previsto. É cano, é fio. Já teve um pequeno incêndio ali. A gente é comerciante do dia a dia. Todo dia gente sai, trabalha, faz comércio, mas tá abandonado”, disse Frankyle Malone, lojista da área, que teve seu estabelecimento atingido pelo interrompimento de energia elétrica.

A feira do passarinho não seguiu com o projeto original de reestruturação, e a ocupação retornou. “Se você passar lá, você vai ver a mesma feira. A prefeitura disse que a gente não pode voltar para lá. Alguns seguraram e não saíram, até que a feira se restabeleceu de novo com outras pessoas. Ia ser desativado, reestruturado, ia passar a linha do trem e não ia ter mais nenhum tipo de comércio ali, mas voltou, está lá”, ressaltou o lojista.

ÍNTEGRA DA NOTA DA SEMAPA

A Secretaria Municipal de Abastecimento, Pesca e Agricultura informa que o incêndio não atingiu o Mercado da Produção, que está funcionando normalmente, mas um terreno ao lado, utilizado por lojistas. 

A Secretaria já está com uma equipe no local, para averiguar as medidas que poderão ser adotadas, assim como os danos causados na rede elétrica do local. A Semapa também está em contato com o Corpo de Bombeiros para tentar mais informações sobre as circunstâncias do incêndio.

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