O happy hour mais animado da cidade atraiu o público ao calçadão da rua do Comércio. Na esquina com a rua do Livramento, confluência histórica da capital, o “Sextou no Centro” abriu a sua primeira edição com o grupo Samba de Periferia, que apresentou o seu repertório de samba e pagode de mesa a comerciantes, comerciários e população em geral para animar o fim de expediente do Centro de Maceió.
A edição de lançamento mostrou o sucesso da iniciativa da prefeitura – por meio da Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC) e da Secretaria Municipal de Turismo (Semtur), em parceria com a Aliança Comercial de Maceió -, pela adesão do público e movimentação diversificada, com pontos de comes e bebes, ao longo do calçadão. O município organizou o trânsito e trouxe a guarda municipal para fazer a segurança no local da festa.

Andreia Geraldo, presidente da Aliança Comercial, avaliou a importância de levar ao bairro uma iniciativa dessa natureza. “Esse evento é um presente para este centro comercial. Busca resgatar o seu valor histórico e cultural. É uma forma de prestigiar essas pessoas. Centenas de pessoas estão aqui diariamente para realizar os seus negócios e poder encontrar um lazer de qualidade. Esse happy hour vai entrar no calendário do nosso Centro da cidade. Está cheio de gente e vai vir muitas mais. E olhe que estamos apenas na primeira edição. Um evento feito com carinho e qualidade para todas estas pessoas”, comemorou a presidente da Aliança.
Além da música, o “Sextou no Centro” conta com uma exposição de fotografias históricas do bairro. “A gente entende que a história, para ela permanecer viva, tem de ser contada, tem de ser mostrada. Essa exposição é o resgate da nossa história, onde a cidade começou. Uma iniciativa feita com muito capricho à altura do Centro da cidade de Maceió. A Aliança sempre buscou sensibilizar o poder público para que mostrasse o valor do nosso bairro da forma grandiosa como está acontecendo hoje”, complementou Andreia Geraldo.

A curadoria da exposição está a encargo de Ticianeli Comunicação e Produção Cultural. Foram tratadas e selecionadas 20 fotografias, distribuídas em displays, colocados ao lado do palco de música. Estudantes do curso de História, de faculdades locais, estavam à disposição do público para fazer a mediação da mostra. Edberto Ticianeli, editor do site “História de Alagoas”, avaliou o retorno para a população do contato com a sua própria história por meio de imagens fotográficas. A exposição deve acompanhar todas as próximas edições do evento, com novos registros fotográficos.
“É preciso que se entenda que cada rua dessa tem uma história, cada casa dessa tem uma história. E compreender a história não como algo a ser memorizado, pois a história é algo que conta o que nós somos, o que os outros já foram, nós herdamos tudo isso. É uma construção coletiva. Cada local desse conta a história de Maceió, a história da sua economia. Onde o carro de boi passava, a curva era mais lenta, as esquinas foram surgindo depois. A rua do Comércio, a da Alegria, a Boa Vista, a do Livramento contam essa passagem de Maceió de uma vila, de um povoado, de um engenho, para uma cidade. Maceió se cria em torno disso. Temos muita história, e o alagoano tem de se orgulhar disso. A nossa construção dependeu de cada alagoano, em cada momento, o que resultou no que somos hoje”, enfatizou o curador Edberto Ticianeli.

O “Sextou no Centro” segue em todas as primeiras sextas-feiras do mês, das 16h30 às 19h30, com diferentes atrações musicais e exposição de fotografias, abertas ao público gratuitamente.