quinta-feira, 6 de novembro de 2025 – 11h10

Reformas em presídio de Mossoró foram realizadas por empresa ‘laranja’, disse jornal

As obras de manutenção na Penitenciária Federal de Mossoró (RN), presídio de segurança máxima, foram realizadas por uma empresa “laranja”, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo. O governo federal teria assinado contrato em 2022, durante mandato de Jair Bolsonaro (PL), e renovado em 2023, já no governo Lula da Silva (PT). O material de uma das reformas pode ter facilitado a fuga de dois detentos ligados ao Comando Vermelho, na quarta-feira, 14 de fevereiro.
Foto: Coluna Estadão
R7 Facilities foi a empresa contratada pelo Ministério da Justiça para realizar obras de manutenção no presídio de segurança máxima em Mossoró (RN) Foto: Coluna Estadão/Estadão

As obras de manutenção na Penitenciária Federal de Mossoró (RN), presídio de segurança máxima, foram realizadas por uma empresa “laranja”, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo. O governo federal teria assinado contrato em 2022, durante mandato de Jair Bolsonaro (PL), e renovado em 2023, já no governo Lula da Silva (PT). O material de uma das reformas pode ter facilitado a fuga de dois detentos ligados ao Comando Vermelho, na quarta-feira, 14 de fevereiro.

De acordo com o Estadão, a empresa R7 Facilities, com faturamento anual de R$ 195 milhões, está em nome do sócio administrador, Gildenilson Braz Torres, de 47 anos, morador da periferia do Distrito Federal e beneficiário de 12 parcelas do auxílio emergencial, concedido durante a pandemia da Covid-19. Com sede em Brasília, o empreendimento foi contratado por 1,7 milhão para as reformas no presídio de Mossoró. Mais de uma obra estava sendo realizada no local.

O contrato com a R7 Facilities foi assinado durante a gestão do ministro da Justiça Anderson Torres, no governo de Bolsonaro, em abril de 2022, e renovado no governo Lula, sob comando de Flávio Dino, no Ministério da Justiça, em abril de 2023. Os contratos foram firmados por setores responsáveis pela manutenção dos presídios, sem a participação dos gestores da pasta à época.

A empresa disse ser “imprudente” afirmar que se trata de um dono de “laranja”, mas não soube dar informações acerca das operações no presídio. Gildenilson virou sócio-administrador da R7 Facilities em fevereiro de 2023 e assinou contrato para manutenção de Mossoró dois meses depois. Antes dele, o bombeiro civil Wesley Fernandes Camilo respondia pela empresa e pelo contrato assinado em 2022.

Em nota, o Ministério da Justiça informou que acionará “os órgãos competentes federais para que seja realizada rigorosa apuração referente à lisura da empresa citada”. Afirmou também que a empresa cumpria todos os requisitos técnicos, com apresentação das certidões correspondentes, quando da assinatura do contrato em 2022. 

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