Após denúncias de um aluno do Instituto Federal de Alagoas (IFAL), campus de Palmeira dos Índios, sobre possível ato de intolerância contra a religião católica, realizado nas dependências do Ifal, o caso chegou à Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE-AL). A deputada estadual Cibele Moura (MDB) vai protocolar uma Moção de Repúdio, que deverá ser votada na Casa legislativa, para condenar o ato e reforçar o compromisso com a liberdade religiosa.
No vídeo gravado pelo denunciante, um grupo de alunos aparece em torno de um pentagrama, desenhado no chão, com velas acesas nas extremidades, e um terço mariano ao centro. De acordo com as imagens, os alunos, que participavam da oficina, foram incentivados a pisar e danificar o terço, símbolo sagrado do catolicismo.
Moura expressou indignação especialmente pelo fato ter ocorrido na mesma semana em que se celebra o Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Para ela, a coincidência agrava ainda mais a situação. “Eu, como católica, não poderia deixar de me posicionar. Sinto-me na obrigação de reagir, pois isso é um atentado à fé católica e à liberdade religiosa. Isso não pode passar despercebido”, destacou.
O Ifal comunicou, em nota, que está ciente do ocorrido e que tomará as providências cabíveis. O caso segue sob investigação interna da instituição. “Esperamos que as punições sejam aplicadas, seja para alunos ou profissionais. É preciso dar o exemplo”, reforçou a parlamentar.
Para o aluno que fez a denúncia, o ato se trata de violação da liberdade religiosa, prevista, inclusive, no Regimento Interno do Ifal. “Essa conduta, independentemente de sua motivação, configura uma grave violação da liberdade religiosa, prevista pela Constituição Federal e reafirmada pelo próprio Código de Ética e Regimento Interno do Ifal”, afirmou.