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domingo, 13 de outubro de 2024 – 20h36

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DE QUEM VIVE PELAS PRAIAS COLORIDAS DO BRASIL

Prezados urbaNAUTAS, sobre hoje nosso assunto visa se apropriar dos instantes de espetacular empreendedorismo que grassa pelo litoral das Alagoas.

Sendo a prática do sol e mar, a mais difundida pelo trade turístico como conceito aos que visitam Maceió, dito paraíso das águas, resolvemos estimados urbaNAUTAS, entender que o paraíso é mesmo aqui e em municípios limites que fazem a área metropolitana da grande Maceió, cuja denominação já foi a Cidade Sorriso.

Em passeios domingueiros com a família pude, como observador, apreciar não só a natureza ainda bela, mesmo que a antropização galopante já tenha modificado os cenários da minha tenra idade, bem como também dos idos anos da bem vivida mocidade em ambiência menos poluída nem tamanho contingente expressivo da frota de automotores.
Às vezes permanecer sem nostalgia é difícil, mas o avanço das circunstâncias que o tempo aliado ao aumento da população, transferem é difícil ordenar se o planejamento nunca foi continuado e muitas vezes nos deixa a reflexão de que a demanda técnica é sobrepujada pela demanda política. Enormes quebras de continuidade nos deixaram como legado o Salgadinho, a Laguna Mundaú, a mata Atlântica que já revestiu o espaço Das Alagoas e as matas ciliares de nossos cursos d’água.
O asfalto, o vidro e o concreto contribuição dão ao aumento da temperatura com máximas e médias suficiente para sufocação e sudorese.

Neste outono Maceyork está quente e chuvosa, alternando o caótico quadro da drenagem urbana, com dias ensolarados e desabamentos de barreiras e de construções antigas.

O olhar arguto do urbaNAUTA recaiu sobre as pessoas que em caráter volante praticam o comércio pelas nossas coloridas praias, pessoas bem humoradas e resilientes que não se furtaram a aproximação das perguntas sobre a atividade de complementação de renda ou mesmo principal fonte de sustento. Munidos de ofertas, bom argumentos e exímios conhecimentos na arte da venda, atenderam a curiosidade deste articulista e se deixaram fotografar. Alguns pregões ou anúncios. O modo de expor o produto, o percorrer o espaço praiano com a oferta precisa se traduziu aos nossos olhos como a coreografia da precisa resistência. A oferta no ir e o fechamento da venda ao voltar. O modo carismático de cada ser, não faltando a gentileza ou o troco correto. A maioria com maquinetas de cartões ou via Pix.

Lytuânia Luzitânia, a rainha do abacaxi
Jorge Andrade Protásio Júnior @protasiopinturas
Salete do Trapiche, cobre Riacho Doce, Garça Torta e Guaxuma. Tem déficit auditivo
João da Rocha, navegação em catamarã hobbie cat
José Jailton do Amendoim, Garça Torta e Riacho Doce 27 anos, tem 44 anos. Trabalhando também na Via Ambiental
Luiz Sergio Gomes – Pipas: oficinas, ensinamentos com vistas a eliminar o cerol
Submarino da Garça, bloco com 11 anos
Jéssica Barbara fixo volante batidas francês
Francês. Edinaldo de Lima Nal

No espaço marinho, o maior espaço democrático possível; indumentárias, etnias, grandes variedades de pessoas de todas as idades, ideias e credos. Do esportista ao acomodado, do acelerado ao descansado, do atlético, do magrinho ao com sobrepeso, o morno Atlântico acolhe sem distinção e sem preconceito.

Sabe aquela máxima: “moça bonita, não paga, também não leva”. Apitos e assovios, expositores variados, carrinhos, cartazes, tabelas, anúncios, pregões enchendo a atmosfera. Tão diversos e criativos produtos de bóias a óculos, de brinquedos a alimentos, de passeios à arranjos de cabelos e cabeças.

Difícil mesmo é estacionamento, uma combinação de horários e proximidades deixam a ida a praia um tanto a mercê de um severo modelo novel de planejamento. Quero crer que os habituées do local padecem menos. Sabem os caminhos das pedras. Estacionam ou não na praia vizinha. Entrar não é fácil, sair é possível

Observador pelos cheio e vazios das tramas dos filés coloridos do Pontal, a guisa de cobogós. Foto: Felipe Brasil

Entretanto, lembro aqui que, o escritório na praia produz horários diferenciados, pois fundamentados nas marés e luas.
Gostaria, audazes leitores, de estimular o mergulho, tão benéfico quanto necessário e entusiasmante.
Lembrando aqui de um bom amigo, cuja partida já se deu, o desenhista projetista Wagner Miranda, cujos trabalhos e levantamentos prestou com exímia destreza e pontualidade. Sempre que na data combinada ia buscar o pen drive, era na praia que o encontrava. Mais que um bon vivant, fazia do espaço extremamente agradável o seu escritório. Que lição bela!

Maceió, Das Alagoas,
terça feira com lua cheia, 23 de abril de 2024

Este ensaio é dedicado ao Hotel Atlântico, e a família Miranda, precursores da hotelaria em nosso Estado.
Esta edificação símbolo, situada na Avenida da Paz, ruiu no último final de semana, fato largamente noticiado neste NOTÍCIAS DO CENTRO.

Fotos: Felipe Brasil e RCF
Texto: RCF

Respostas de 8

  1. Agradecido pelo comentário do amigo Sérgio Corado, via whatsapp, que aqui publico com a atenção recebida, obrigado, bom amigo!

    “👏👏👏👏👏👏
    Escreveu bonito ,meu amigo !”

  2. “O parabenizo pelo texto e fotos, abordando aqueles pequenos vendedores ambulantes que circulam por nossas praias .”

    Público aqui, junto aos melhores agradecimentos, o comentário de P. Cabral, amigo ilustre e generoso, recebido via whatsapp. Abraço fraterno.

  3. Venho aqui bater palmas pelas fotos belissimas! Eu nesse tempo que moro fora guardo mais viva a memória desses lugares que quando volto me parece ser outro lugar… o Francês por exemplo! Mas é a vida!
    Linda matéria cheia de muito azul e muita alegria! 😘

    1. Obrigado pela atenção, está tudo bem adensado… “Mas, as praias são tão lindas”… Sem querer a companhia da nostalgia, realmente, Aída, parecem outros lugares…

  4. Triste ver mais um patrimônio (casa da cadeia, hotel atlântico e tantos outros)sem ser preservado numa terra onde só se preserva a valorização das coisas do sul do pais e a do político ladrão que não trás nada para o estado.

    1. É mesmo e realmente, Márcio, bem triste essa proposital perda de “timings”. Tanto ocorre e se repete em várias escalas. Em muitas cidades, prédios históricos são abraçados pelo turismo de qualificação. Em várias cidades, prédios da cadeia viraram mercados modelos e pavilhões de artesanatos. O próprio Hotel Atlântico, ficou aguardando acontecer a tragédia anunciada. Lamentável.

  5. Depois de tantos anos como frequentador assíduo de nossas belas praias, mais frequentemente e justamente a praia do Francês, bem como a praia da Pituba, na minha humilde opinião as mais belas de nosso litoral, reforçando que na Pituba ainda temos um ambiente que nos remete a um tempo passado, que não volta mais… uma natureza quase intocada… um delicioso banho de rio com águas límpidas de areias brancas… quem me dera estar lá agora… com sol ou chuva… prazer indescritível… mas voltando a arrazoar esse belo texto de RCF, temos que aplaudir, parabenizar nosso povo alegre e receptivo, que faz essa experiência ser mais completa, servindo a alagoanos e turistas com seus quitutes e mercadorias nas areias, sob o sol escaldante. Sempre vale a pena aquele mergulho e a sintonia com o oceano. Faz bem… para o corpo e espírito. Oceano Atlântico, de águas mornas e gostosas, esverdeadas, às vezes azuladas como nas imagens deste outono. Atlântico, o hotel… desfecho já esperado… infelizmente, abandonado há muitos anos… não foi surpresa. Graças a DEUS apenas desabou e não ceifou vidas… Tudo tem seu tempo. Esse foi o tempo do Hotel Atlântico. Que nosso estado consiga preservar ao máximo nossas belezas naturais tão exuberantes que acalentam nossos olhos… Aloha🤙🤙

    1. Vossos comentários trazem ampliação a nossa fala, Eduardo Rocha, o fato de sermos contemporâneos e termos vivenciados os bons locais em nossa mocidade aguçam sobretudo nosso olhar. O tempo passa e as marcas indeléveis ficam. Obrigado muito estimado leitor urbaNAUTA!

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