O setor agropecuário fechou o mês de novembro de 2024 com um saldo negativo de quase 30 mil postos de trabalho. Uma diferença de mais de mil demissões em relação ao mesmo período do ano anterior. O levantamento foi feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), que aponta queda nas atividades agrícolas das regiões Sudeste e Centro-Oeste, que registraram o maior número de desligamentos.
O presidente do Sindicato dos Economistas de São Paulo, Carlos Eduardo Oliveira Jr., explicou que essas perdas afetam, principalmente, os municípios menores, com pouca diversidade econômica. “Além disso, você tem os resultados que refletem desafios estruturais que podem comprometer a competitividade do agro a longo prazo”, disse.
Quase todas as regiões do país tiveram queda na quantidade de postos de trabalho. A exceção foi o Sul do Brasil, que apresentou um saldo positivo de 4,8 mil vagas. O resultado na região gaúcha foi derivado do cultivo de maçã e cebola, da fabricação de conservas de frutas e da produção de sementes.
O Nordeste, por sua vez, apresentou queda com a interferência no cultivo de uva, manga e na fabricação de açúcar e álcool. Na região Sudeste, os desligamentos foram reflexos do desempenho das cadeias do açúcar, agricultura e preparação de terrenos, entre outros. Já no Centro-Oeste, o impacto foi puxado pela soja, cana-de-açúcar e fabricação de álcool.
Por outro lado, algumas produções apresentaram desempenho positivo. O cultivo de maçã aumentou 2 mil vagas em 33 municípios; a fabricação de conservas de frutas registrou o crescimento de 1,3 mil vagas em 321 municípios; e a produção de sementes certificadas teve o acréscimo de 1,1 mil vagas em 145 municípios.
No acumulado de 2024, o setor de frigoríficos liderou a geração de empregos, com saldo positivo de 2,6 mil vagas. A fabricação de açúcar em bruto também teve um bom desempenho, no decorrer do último ano, com o crescimento de 11,4 mil vagas.
*Com informações da Agência Brasil 61
