Foi dado início à revitalização dos tradicionais pontos de venda de livros e discos usados no Centro de Maceió. Quase um mês depois da data prevista nas negociações com os livreiros, a remoção das bancas começou a ser feita na noite de quarta-feira (11). A previsão inicial seria em 19 de maio. A reforma contempla a construção de 18 novos quiosques, mesmo número de unidades que atuam no local, em estrutura metálica, com vedação em placas de cimento. A previsão é de que a execução das obras dure cerca de três meses.
Além da requalificação das bancas, a obra inclui a construção de calçadas em concreto polido, novos meios-fios, vias de acessibilidade e aplicação de muralismo temático multicolorido. Também está prevista a regularização do muro posterior da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas (ALE-AL), onde estão alocadas as bancas, com altura de três metros, que receberá intervenções artísticas.
Durante o período de reforma, parte dos alfarrabistas vai trabalhar, temporariamente, no muro lateral da ALE e outra parte em terreno alugado pelos próprios livreiros. A instalação das bancas está garantida pela Lei Municipal nº 4.454, de 11 de outubro de 1995, que disciplina sobre pontos comerciais em áreas públicas de Maceió. De acordo com a legislação, somente no passeio público – entre a rua do Imperador e a ladeira Manoel R. de Azevedo -, onde estão localizados os alfarrábios, é permitida a instalação de equipamentos, que comercializem publicações usadas.
A revitalização da área será executada pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Maceió (Iplan). A iniciativa faz parte do conjunto de ações do programa Novo Centro, que tem o objetivo revitalizar a região central de Maceió. Entre os principais projetos, estão o Morar no Centro, que estimula o uso residencial ou misto no Polígono Novo Centro; o Ativar o Centro, voltado ao fortalecimento da economia local e a criação de oportunidades de negócios; e o Mirar o Centro, que valoriza o patrimônio cultural, turístico e de lazer na região.
