Falando de Realizar Sonhos!

Queridos Leitores,

Aos poucos estou voltando à minha rotina, ainda tem umas coisas que tenho que arrumar, mas logo logo tudo estará no seu lugar. Apesar de ter sido uma viagem mais rápida sem muita espera, a ‘ressaca’ é grande, e mesmo já  ajustada ao fuso, a energia demora a voltar… mas já estou recuperada e semana que vem volto a malhar!

Já faz tempo que quero escrever sobre essa ‘aventura’, uma viagem para um lugar dos meus sonhos, na época que fui, estava acompanhada da pessoa certa e como o mês de julho foi sobre realizar sonhos então nada como falar dessa outra realização de sonho que aconteceu no final de 2006!

Foi um tempo difícil, Ricardo estava doente, eu já  tinha ido pro Brasil às pressas, minha cabeça estava a mil. Tinha que tirar umas férias para não perder, mas não queria ficar em casa pois isso me fazia mal, então conversei com Ricardo e perguntei se ele se importaria que eu viajasse, ele disse que não e que a condição era que eu tinha que tirar muitas fotos e mandar para ele poder viajar comigo então a segunda parte foi conversar com David para decidir onde iríamos, e como eu sempre quis conhecer Veneza, e nosso relacionamento estava no melhor momento, apesar de tudo, decidimos que iriamos para Veneza. Eu organizei tudo, voos e hotel e o resto a gente foi decidindo no caminho… literalmente.

Primeira decisão que tivemos que tomar foi como chegar do aeroporto para Veneza, tínhamos 2 opções: de barco  ou de trem. Decidimos ir de barco, e foi ai que começamos a entrar num conto de fadas, como eu imaginei a vida toda e estava com a pessoa certa! Naquele momento eu entrei naquela fantasia de amor que a cidade de Veneza ecoa para o mundo, apesar de que sua história ser uma história de depravação e libertinagem o cenário transforma tudo em romance!

Ao descermos na praça San Marco tínhamos que achar o nosso hotel que era pelos arredores então resolvi perguntar a um guarda, pedi que falasse devagar e ele me explicou como chegar no hotel, eu agradeci e disse a David: ‘vamos’… ai ele foi para um lado e eu para o outro e eu só percebi quando fui mostrar no mapa onde a gente estava indo… parecia que a gente estava numa comédia… eu não conseguia parar de rir. David volta pro meu lado e disse que tinha entendido tudo e eu estava errada, e eu não conseguia parar de rir, porque na verdade ele não entendeu nada e a resenha começou… David é um parceiro ideal para viajar, entra no clima e não estressa com nada, além de gostar de saber sobre a história dos lugares como eu.

No domingo de manhã fomos na Basílica de San Marco para assistir a missa, em Italiano. E com nosso livrinho guia e conversas com as pessoas fomos descobrindo a história nada romântica de Veneza. Em todos os lugares existem máscaras para vender, essa tradição de usar máscaras era porque as pessoas não queriam ser reconhecidas nos bailes, ou nas ‘farras’ sem limites do lugar. Era terra de ninguém nesse sentido. As embarcações ali chegavam e desde os capitães aos marinheiros eram recepcionados pelas mulheres que estavam ali para o prazer deles, em troca de dinheiro é claro.

Um dos lugares mais interessantes que eu achei foi a ponte do suspiro. Existe nome mais romântico que esse? Pois é, de romântico no sentido real da palavra essa ponte não tem nada. Essa ponte é na verdade uma passagem entre o tribunal de justiça e a cadeia e ficou conhecida como a ponte do suspiro, pois nela os condenados davam seu último suspiro de pessoas livres, ou seu último suspiro de vida, pois muitos eram condenados à morte! E hoje as pessoas acham esse nome romântico, porque sim de uma certa forma tem um romance mas não um romance como entendemos ser!

Pegamos um barco ônibus e fomos visitar duas outras ilhas: Murano e Burano. Murano é conhecida pelos cristais e tivemos o prazer de assistir artistas soprando o vidro para virar obras de arte e aprendemos um pouco sobre essa arte. David gosta muito e como antiquário ele reconhece quando são peças genuínas ou peças vindas da China… Já Burano é uma ilha onde a base de sobrevivência são os bordados, e para meu espanto eu vi peças que em Alagoas chamamos de filé mas que para os artesãos de Burano é um bordado local… acredito que o filé das Alagoas tenha a sua origem em Burano, mas não tenho nada que prove isso, só que Burano existe há  mais tempo que Alagoas, somente… mas me achei conectada com a ilha por ver esses bordados lá!

Eu acho que as pessoas falam de Veneza como um lugar romântico porque realmente é um lugar apaixonante e eu já era apaixonada pelo lugar mesmo antes de conhecer, fiquei mais apaixonada ainda quando conheci! Veneza, como eu disse era terra de ninguém, porém hoje, apesar das coisas macabras que aconteciam por lá, ela é cidade onde você se sente livre, leve e solto, com ou sem máscara… um lugar alegre e diferente, um lugar apaixonante!

Conhecer Veneza para mim, foi a realização de um sonho, e desde então, depois de tudo que aconteceu com Ricardo eu comecei a levar meus sonhos mais a sério, pois a vida, meus queridos leitores, não espera por ninguém!

Mês passado mais sonhos foram realizados e me sinto uma pessoa de sorte por chegar até aqui realizando os sonhos e sonhando mais para contar para vocês!

Deixo vocês com as fotos que foram feitas com a minha primeira câmera digital, um Sony Cybershot, e uma poesia para manter o romantismo!

Até a Proxima!

Aída